Na banca de revista vi estampada em uma das – muitas – especializadas em fofoca a manchete que enaltece os cinco anos de matrimônio de Luciano Huck e Angélica, no mundo das celebridades o quinquênio de união é uma verdadeira eternidade.
Em contraponto à união feliz do casal de famosos veio-me à mente o enlace à beira da separação de um casal desconhecido do grande público, contudo, próximos meus. Recordo-me que há alguns anos, quando se uniram, Roberto e Cláudia (nomes fictícios) eram loucos um pelo outro.
Enfrentaram os revezes da vida, casaram-se, construíram uma casa, trabalharam juntos. Surgiu a primeira grande dificuldade, não podiam ter filhos. Um baque para o jovem casal, mas a solução para este problema não tardou, em um congresso de oração de cura, a jovem esposa obteve uma graça e depois de miraculada pode ter seu primeiro filho, um rebento, homem, sadio, perfeito.
A vida corre e não se sabe como, não se sabe mesmo, grandes desavenças passou a pontuar o relacionamento dos dois. Nem o filho, motivo de felicidade e união está sendo capaz de frear as decisões e atitudes daquele que antes dizia-se ser apaixonado.
Onde está o amor, acabou-se? Sinceramente não sou da opinião que o amor acabe. Concordo que as pessoas mudam, que a paixão arrefece, mas, jamais que o amor acaba o que é muito comum escutarmos.
Na verdade cada um é responsável pelo cultivo do amor e dos sentimentos que brotam em seu coração. Caso não se cuide do amor ele é trocado por sentimentos de menor valor, pode-se até ser entronizardo no coração o ódio a uma pessoa a quem antes dizia reinar o amor a ela.
Ser artista ou ser pessoa comum não tira de ninguém a responsabilidade de cultivar o amor pela pessoa com quem se decidiu livremente viver. O tema é complexo, quem vive cada situação pode arrogar-se de muitas justificativas, isso é válido, mas não justifica dizer que o amor acaba.