Quando Jesus disse, deixai vir a mim as criancinhas e colocava no colo estes pequeninos como modelo para os que  queriam entrar no reino dos céus sabia muito bem o que fazia. Contextualmente as crianças eram ignoradas e sequer contadas como pessoa.

Jesus rompe os preconceitos da época ao dizer que para entrar no reino dos céus é preciso fazer-se como um daqueles pequeninos apresentados como modelo. Um ensinamento chocante para uma sociedade cujo varão poderia ser admitido como profeta somente após os trinta anos.

Em tempos atuais a perseguição contra os pequeninos continua, de diversas modos, e o pior, muitas vezes de forma não explícita. Cito três casos para ilustrar a reflexão. 

1. Presenciamos o terrível processo de adultização das crianças. A mídia apresenta  personagens infantis precoces, troca a imagem singela e cândida por uma espécie de adultos em miniatura. São elas que potagonizam  peças publicitárias formando, desde cedo um exército de consumidores.

2. Um modismo infanto-juvenil perigoso chegou ao Brasil, trata-se das pulseiras do sexo. Os adereços são coloridos e cada um representa carícias chegando até ao ato sexual. Quem arrebenta uma pulseira roga para si a prenda que é a prática do que representa a cor da bugiganga quebrada.

3. Assiti domingo, (13), no programa João Inácio Show, produção da Tv Diário, a exposição indevida de uma criança. Os pais brigavam e divergiam quanto à paternidade do filhos do casal. O apresentador de um modo sensacionalista chamava a atenção dos telespectadores com chamadas do tipo: “Este homem é ou não é o pai desta criança”. Um absurdo intolerável.

Precisamos cuidar de nossas crianças,zelar por sua pureza, animar  e estimular o que é próprio de sua fase, do contrário,  estamos pondo a perder o adulto que será  esse pequenino.

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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