O massacre dos santos inocentes não é desconhecido mesmo dos menos religiosos. Relembremos o episódio. O estulto Herodes sabendo do nascimento de um menino que os profetas asseveraram ser o novo rei de Israel, o opulento tetrarca encheu-se de medo e por orgulho encabeçou uma perseguição ao recém nascido. Ordenou que todas as crianças até dois anos fossem executadas. E assim foi feito, isso há mais de dois mil anos.

No ano de 2009 o presidente brasileiro fez as vezes do antigo rei, culpado de sangue inocente. Em meio aos festejos de final de ano que dispersam os brasileiros, coisa que não é difícil, no dia 21 de dezembro lançou o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, um documento de 121 páginas que entre outras faz a seguinte recomendação:

* Modificação do Código Penal para garantir a “descriminalização do aborto”.

 Herodes se mantém vivo em atitudes como essa do presidente cujo filme assiti e me emocionei, mas não entorpeceu minha consciência que está bem atenta aos seus mandos, ou diria, desmandos? Permitir o assassinato de pessoas ainda em seu estágio inicial é uma violência ímpar. Legalizá-la só agrava o status do crime. Hediondo!

Mas não para por aí, o presidente fez um pacote completo e na surdina das festas de uma tacada só lançou no citado projeto:

* Criação de mecanismos para impedir a ostentação de símbolos religiosos — como o crucifixo ou a Bíblia — em estabelecimentos públicos.
* Inclusão no currículo escolar do ensino da “diversidade religiosa”, com destaque especial para as religiões afro-brasileiras como o candomblé.
* Criação de uma comissão para investigar os “crimes” cometidos durante a ditadura militar, transformando comunistas armados e mortos em “heróis” e transformando os militares em “criminosos”.
* Defesa de projeto de lei que regulariza o “casamento” de casais homossexuais.

Em que mesmo agride os direitos humanos  ter num estabelecimento a imagem da pessoa que é ícone do amor ao próximo? Ou então a ausência do livro que traz ensinamentos preciosos como, Não roubarás?

E por que destacar as religiões afro brasileiras? Desculpem-me, mas muitas destas ramificações afro brasileiras desvirtuaram-se e vemos recentemente o que está acontecendo. Será que não estaríamos promovendo uma religião que incentiva a feitura de ‘trabalhos’ contra o próximo?

Enquanto se procura enfraquecer a instituição do matrimônio favorecendo até o divórcio instântaneo e online porque o presidente se rende aos caprichos da minoria gay e favorece o ‘casamento’ de pares?

Durante o mandato o presidente coloca panos mornos em temas polêmicos, fica em cima do muro, mas às vésperas de  2010 quer agradar gregos e troianos. Por que será? Alguém ainda tem dúvidas? eu, não.

  Ah! se os católicos fossem unidos e fizessem valer sua fé. Que pena que alguns membros da igreja emprestaram seus microfones ao metalúrgico.

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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