O Jornal O Povo completa neste dia seus 82 anos de muita história contada e também fazendo a sua.
Recordo-me de meus tempos como seminarista no ITEP, hoje, Faculdade Católica de Fortaleza, não poucas vezes aproveitei dos intervalos para correr à biblioteca pública municipal e folhear as amareladas páginas do jornal para saber como era Fortaleza em outras épocas.
A exatos dois anos atrás na festa dos 80 anos do O Povo, um dia como esse estava numa praia, de recesso, junto com outros missionários o que me impossibilitou de comparecer a missa celebrada na Igreja Sé. Como tivemos celebração eucarística no local, coloquei como intenção o aniversário do jornal. A intenção ao ser lida arrancou risos de alguns e todos os olhares se voltaram para minha pessoa, pois sabiam de minha paião pelo jornal.
Ao retornar destas férias alguns amigos ainda me pregaram uma peça. Esconderam o exemplar de aniversário do jornal junto com a Revista dos 80 anos. Fiquei atarantado. Todos as edições antigas estavam ali, menos a de aniversário. Ainda liguei para o serviço de atendimento ao cliente, nem lembro o que me disseram, mas já estava desiludido de ter a revista.
Foi quando os amigos entraram no quarto numa espécie de procissão entre risos e galhofas erguendo o jornal e a revista entregando-os de maneira solene e devolvendo-me a descontração.
Criei, não sei bem como e quando, um laço afetivo com o jornal. Alguns fatos pareciam exigir minha atenção e preocupação quando, por exemplo, soube que um raio caiu em suas instalações e no funeral do saudoso Demócrito.
O desejo do jornal crescer ainda mais e a possibilidade de colaborar com o mesmo através deste blog apontam um mesmo fim e um voto: Que O Povo continue forte e cheio de vitalidade auxiliando os cearenses a enchegar a realidade numa perspectiva lúcida e madura.
Parabéns O Povo.
