Você segue seu pároco no twitter? Visita constantemente a página do facebook de sua pastoral? E sua doação online às vítimas do Haiti no site de sua paróquia ou comunidade foi bem sucedida? O que achou da  galeria de fotos dos sacramentos celebrados no último mês? E as mensagens do sacerdote e leigos em podcast foram aprovadas? Ah, você leu o complemento da reportagem especial sobre o ataque às famílias que veio na última edição da revista da paróquia? Encontrou a lista dos políticos  fichas sujas desta eleição ou assinou o documento contra o aborto ou ainda tomou nota da programação do próximo mês de sua realidade eclesial, online? Recebeu um SMS lhe parabenizando por seu natalício?

Os vídeos colocados no canal do Youtube com a história das crianças assitidas pelos programas sociais de sua igreja estão bem acessados?  Tirou suas dúvidas sobre doutrina no formspring.me dos formadores? E as crianças, se divertiram com os jogos bíblicos de colorir do site? Conseguiu baixar a bíblia e a liturgia das horas no PC? Enfim, já estão adicionados nos  favoritos todas essas ferramentas de sua paróquia, comunidade ou movimento eclesial?

Não! Mas, como?

Sinto em lhe dizer, se você é um membro de alguma realidade eclesial está perdendo uma oportunidade incrível para lançar a mensagem de Deus em águas mais profundas. E a responsabilidade por ainda não se colocar de um modo visível, profissional e audacioso nesse meio aumenta à medida de sua missão.

É incocebível, em pleno século XXI, não constar  num plano de evangelização sério e comprometido com o Reino estratégias de anúncio da palavra através dos meios de comunicação, em especial das novas mídias sociais.  Como católicos estamos anos-luz atrasados no segmento.

Bento XVI tem feito sua parte e conclamado a cada oportunidade adentramos o continente digital – termo de sua alcunha para designar o ciberespaço. É urgente levarmos o ensinamento de Cristo e a alegria de ser cristão nesta nova terra que se nos apresenta.

O tema para o Dia Mundial das Comunicações a ser celebrado em maio  já foi antecipado, “O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos meios a serviço da Palavra”. Em breve o Papa lança a mensagem a ser refletida na ocasião. Ano passado Bento XVI tratou das novas mídias e novas tecnologias e as realações humanas.

O pontífice mantém um olhar positivo sobre esses novos meios e  os enxerga como uma excelente oportunidade para chegarmos ao homem pós moderno. Enquanto isso, uma legião de padres, religiosos e leigos engajados ficam paralisados num temor bobo apontando apenas os riscos e perigos existentes.

É óbvio que é arriscado, lógico que existem os riscos. Nunca foi fácil anunciar a Palavra e não seria diferente nessa época. Precisamos ir ao encontro do homem, até os confins da terra e  anunciar-lhe a boa nova. E sse homem hoje que não vai a uma missa, a um grupo de oração podemos encontrá-lo no continente digital onde podemos através de uma música, de um tweet, imagem, vídeo ou seja lá o que for lhe oferecer um auxílio, uma consolação.

Virtualidade, fique bem claro,  não é sinônimo de irrealidade, é uma outra dimensão habitada por pessoas reais que sempre apresentarão os mesmos anseios, expectativas, dúvidas e necessidades, pois tal como nós são homens.

Voltaremos a tratar do assunto no Blog.

About the Author

Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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