Minha família comprou o aparelho de televisão em 1987, eu tinha sete anos. Era uma Telefunken enorme que após ligar demorava alguns segundos para aparecer imagens. Tinha que esquentar o tubo, explicava meus pais.
 
As noites na casa recém iluminada eram bem movimentadas, vizinhos de todos os lados vinham conferir a novidade. Uma  turma ficava da novela das 6 até  o fim do folhetim das 8. Como privilegiado eu poderia ficar até mais tarde, também pelas manhãs e tardes.
Tornei-me um aficionado por televisão. Acompanhava toda a programação e sabia de tudo acontecido nas novelas, programas de auditórios, desenhos e seriados. Cresci e com o surgimento de outras mídias, bem como as novas atividades a serem desenvolvidas perdi em muito o hábito de assitir Tv.
Eu não consigo mais acompanhar uma novela. Não consigo mesmo, parar, sentar, assitir, torcer, esperar, comentar e ainda ler sobre o que vai acontecer na trama. E é o que mais tem no horário nobre, só na Globo são três. Sempre gostei de zapear, como caçador fico a procura de um programa bom. Confesso, é uma tarefa árdua, em alguns dias da semana é impossível encontrar um sequer.

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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