O que o papa faz e diz repercute. E muito. A última que corre o mundo são especulações acerca de uma suposta anuência do papa ao uso de preservativos. A notícia espalhada pelas agências internacionais versam sobre possíveis declarações do pontifíce no livro “Luz do mundo” que será publicado nesta  próxima terça,23. A obra é resultado de vinte horas de entrevista de Bento XVI ao jornalista alemão  Peter Seewald.

Na verdade o papa fala sobre humanização da sexualidade e não em afrouxamento moral. Sobre o uso de preservativo, os termos utilizados pelo religioso levam a uma reflexão sobre a ineficácia do método. Acompanhe a tradução dos trechos do livro publicado no jornal do Vaticano L’Osservatore Romano

“Concentrar-se só no preservativo quer dizer banalizar a sexualidade e esta banalização representa precisamente o motivo pelo qual muitas pessoas já não veem na sexualidade a expressão de seu amor, mas só uma espécie de droga, que se fornecem por sua conta. Por este motivo, também a luta contra a banalização da sexualidade forma parte do grande esforço para que a sexualidade seja valorizada positivamente e possa exercer seu efeito positivo no ser humano em sua totalidade.

Pode haver casos justificados singulares, por exemplo, quando uma prostituta utiliza um preservativo, e este pode ser o primeiro passo para uma moralização, um primeiro ato de responsabilidade para desenvolver de novo a consciência sobre o fato de que nem tudo está permitido e de que não se pode fazer tudo o que se quer. No entanto, este não é o verdadeiro modo para vencer a infecção do HIV. É verdadeiramente necessária uma humanização da sexualidade”.

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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