Os vídeos colocados no canal do Youtube com a história das crianças assistidas pelos programas sociais de sua igreja estão bem acessados? Tirou suas dúvidas sobre doutrina no Formspring.me dos formadores? E as crianças, se divertiram com os jogos bíblicos de colorir do site? Conseguiu baixar a bíblia e a liturgia das horas no notebook? Enfim, já estão adicionados nos favoritos todas essas ferramentas de sua paróquia, comunidade ou movimento eclesial?
O tempo passou e a presença da instituição não logrou muito êxito, o que é lamentável. O Vaticano e o Papa Bento XVI são entusiastas das novas tecnologias. Basta lembrar a presença da Sé romana na Internet: é ampla, acontece com profissionalismo e estratégia. Nas mensagens por ocasião ao Dia Mundial das Comunicações, o santo Padre conclama de modo contundente aos fieis, especialmente os jovens, a se fazerem presentes no ciberespaço que em 2009 para o qual cunhou em 2009 o termo “continente digital”.
Bento XVI não é um aventureiro ao conclamar a entrada de seu rebanho nesta ágora digital. Antes, tem por objetivo o mesmo que norteou a Igreja Católica nestes dois mil anos: anunciar com ousadia e plena convicção o mesmo e único Evangelho de Cristo Jesus.
O próprio Papa já “tuitou”, seus discursos podem ser lidos em diversas línguas, suas mensagens assistidas pelos canais de compartilhamento de vídeo. Câmeras instaladas em locais como a Praça de São Pedro e o túmulo de João Paulo II permitem ao internauta acompanhar em tempo real o que por lá acontece. Evento de relevância são transmitidos online através de WebTV e durante a Jornada Mundial da Juventude até mensagens via SMS são enviadas pelo pontífice romano aos participantes.
É urgente a entrada eficiente dos diversos organismos eclesiais no ciberespaço. Isto já o faz com certa destreza a CNBB, o Setor Nacional da Juventude que tem à frente PE. Sávio, e a organização da Jornada Mundial da Juventude do RIO 2013. Estamos aquém de nosso potencial e chamado.
Neste mês de outubro, dedicado às missões, o imperativo de Cristo de irmos aos confins da Terra também indica que o Continente Digital é terra de missão. As pessoas que por lá se encontram tem o direito de ouvir o anúncio sobre o Cristo real, único capaz de preencher o vazio existencial do coração humano.
Um plano pastoral que não considere uma estratégia para estes meios já está fadado ao fracasso. É preciso perder o medo, investir nas novas tecnologias, confiar aos jovens a missão de levar à frente este ministério e inserir na prática pastoral a inclusão dos analfabetos digitais.
Imagino São Paulo nos dias de hoje com perfil no Twitter falando sobre as mensagens de Cristo, postando foto das comunidades no Flickr e formando uma rede de amigos no Facebook. Claro, suas cartas seriam publicadas num blog.
O ensinamento foi deixado pelo Apóstolo, cabe aos evangelizadores deste século utilizarem os meios eficazes de comunicação para o anúncio da Boa Nova, que não muda, apenas encontra novas linguagens para cumprir sua missão, a de realizar o homem em plenitude.