(ZENIT.org) – Em visita ao Vaticano, o presidente da CNBB e arcebispo de Aparecida, Cardeal Raymundo Damasceno Assis, entregou documento à Congregação para Doutrina da Fé com informações e procedimentos em relação aos casos de abuso de menores por parte de membros do clero.
O documento visa dar uma orientação canônica e pastoral, “muito simples e muito prática de como proceder em relação aos casos de abuso de menores”, crianças ou adolescentes disse o Cardeal em entrevista à RV.
“Esperamos que não aconteça, e caso venha a acontecer a igreja tem então as medidas a tomar, seja para dar uma atenção, uma reparação à vitima destes abusos como também medidas a tomar com relação àquele que pratica esse tipo de delito” -continuou Dom Damasceno-.
“Nós sabemos que o Santo Padre atua de maneira muito corajosa, muito clara, muito transparente com relação a essa questão”. E a partir de agora a Igreja no Brasil vai atuar “com muita firmeza nestas questões que realmente não pode acontecer com nenhuma pessoa, menos ainda em relação a crianças e adolescentes e ainda de uma pessoa do clero”.
Após a aprovação da Congregação para Doutrina da fé, o documento será publicado e divulgado especialmente para os bispos no Brasil.
Fui criada nuuma família de 14 irmãos, sendo eu a mais nova de todos eles. Não lembro ao certo quando começaram os abusos, mas tragao em minha mente cenas que o tempo não apagou jamais e que agora resurgem como um avalanche, cobrindo meu presente de dor, revolta, tristeza e um sofrimento que parece nunca ter fim. Lembro-me que a molestia começou bem cedo, logo aos 6 e 7 anos de idade lembro que meus três irmãos do sexo masculino mais novos me mostravam seus orgãos sexuais e também havia um primo, hj falecido graças a Deus, que também veio cometer esses atos imundos uma ou duas vezes.Moravamos em um sítio na zona rural de uma cidade do interior. Meu pai coitado, homem trabalhador, de caráter e muito amor no coração, nem imagina os monstros que com tanto sacrifício criou e tentouu transformar em gente do bem, juntamente com minha mãe, que para mim é uma santa. Lembro que meu irmão mais novo F. abusou de mimvárias vezes, ele me levava para pegar água em uma cassimba, e dizia que se eu não fizesse o que ele mandava ele ia me deixar lá sozinha e que não ia me levar pra casa no cavalo no qual tinhamos ido, eu teria que andar km sozinha e quase a noite já. A maior crueldade do mundo, como um ser humano teve coragem de fazer isso meu Deus, eu não tinha nem nove anos, ele penetrou seu órgão genital na minha boca, eu não entendia o porque daquilo, mas sentia um nojo muito grande, e quando iamos para casa, ele me botava na frente dele no cavalo e aos movimentos do galope ele fazia movimentos como se estivesse penetrando seu pênis em mim. isto se estendeu por muitos anos. F, sempre me levava junto com ele para lugares afastados da casa, com o pretesto de que ia catar castanhas, pura mentira, na verdade ele me levava junto e ao chegar lá me molestava sem nenhum descarrego na consciência.Chegou em uma das vezes, a utilizar óleo de comida no órgão genital, afirmando que seria para ” a pica ficar mais lisa e entrar melhor.” Ele era tão perverso, que levou uma amigo dele uma vez e eu também para um lugar da mata que rodeava aminha casa, e ao chegar lá, embaixo de uma árvore, mandou que o menino me “comesse”.Não lembro direito o porque, mas sei que nada aconteceu entre eu e o garoto que se chamava L..Nesse mesmo local, F. me agarrou e fes movimentos de penetração em minha genitália, mesmo ambos estando vestidos.O momento de mais nojo que eu me lembre desse dia foi quando ele afaztou as folhas do chão embaixo de um cajoeiro, e mandou que lá o garoto fizesse o ato violento comigo. Lembro ainda que por inúmeras vezes, eu dormia com meus pais na cama deles ou numa rede de lado, e quando eles saiam do quarto pela manhã, F. fingia que ia dormir lá e me bulinava enquanto eu estava dormindo, eu acordava com ele tocando em minhas partes e fazendo movimentos de sexo. A medida que eu fui crescendo e passando a entender as coisas, passei a fugir dos abusos, e quando entrei na adolescência o pesadelo reiniciou para mim. Se quando eu era criança e não tinha corpo formado eles me perseguiam, agora que meu corpo começara criar forma as coisas começaram piorar. me recordo que certa noite eu cochilava em minha cama, quando senti alguém levantando minha saia, entçao eu acordei e quando vi era F. ele fez uma cara, como se tivesse negando ter feito aquilo, e saiu. Meu outro irmão, P. que também havia abusado de mim na infãncia, embora eu agora lembre remotamente, voltou a me perseguir agora, ele sempre levantava minha blusa para olhar meus seios, que começavam a nascer, e se eu usasse saias, ele levantava e simplesmente saia sorrindo, como se fosse uma ” brincadeira”… Eu percebia que algumas noites, quando eu dormia, alguém me tocava, ou então estava me olhando. E era ele, p. foi o grande pesadelo de minha adolescência, isso eu tinha de 12 para 15 anos, por ai. Certa manhã, eu dormia num colchão no chão da sala, quando sento nitidamente lgém passando á mão contornando meus seios, em movimentos que aconteciam inumeras vezes, e depois ele começou tocar meus órgãos genitais, passando á mão nos pêlos oubianos e por toda minha genitália externa.Q uando eu senti, enrolei-me toda com o lençol, e mesmo assim ele continuava, eu levantei, e então ele viu que eu tinha percebido, e fingiu que estava dormindo. Este dia foi de extremo sofrimento para mim, tudo que eu mais quis foi que alguém me pretegesse, que minha mãe percebesse o que havia acontecido, mas não, ela não percebeu. Eu passei muito tempo fugindo dele, me escondia, procurava não vêlo, tinha e tenho até hoje um profundo pavor dele.as ocasiões de abuso as quais relatei, são apenas uma mostra, mas os abusos foram muitos, ocorriam constantemente, algumas vezes em maior, e ooutras em menor proporção. Eu, coitada, sozinha, sem ninguém que me olhasse e que me desse a mão, pensei inúmeras vezes em acabar com minha vida, principalmente a medida que fui crescendo e tomando conhecimento do que me acontecia.Inúmeras vezes pensei estar grávida, mesmo não tendo certeza se em alguma das vezes que eles me abusaram teria hávido penetração. tinha muito medo de estar grávida e minha mãe pensar que eu estivesse fazendo coisas erradas, e eu não contava para ela, na infância não contava porque tinha muito medo, ela não iria acreditar em mim pensava eu. F. sempre foi o filho preferido dela, e ela jamais iria fazer algo para me favorecer se isso fosse prejudicá-lo. Quando cresci, continuei a não contar, agora por medo de ela sofrer, pois já tem certa idade e tudo que ela menos merece nessa vida é sofrer, Prefiro eu sofrer com esta dor que me cnsome todo dia, do que vê-la derramando uma lágrima.Durante os 16 anos que vivi com minha afamília podem screditar que em nenhuma dessas noites eu dormi em paz, eu nunca tive o privilégio de ter uma noite sossegada. O medo de um deles 3 ( os três irmaos abusadores) abusar demim durante a noite me perseguia, e eu tinha muito medo. Eu não sentava perto deles e até hj não sento, não tenho coragem de andar com eles para lugar algum e o medo e as lembranças asquerosas veem atona toda vez que eu os tenho diante de meus olhos. Aos 16 anos de idade passei no vestibular para um curso de farmácia numa universidade federal na capital, a km de distância de minha cidade do interior. Mudei-me para lá, onde vivo hj, foi uma mudança que exigiu muita renuncia, uma vez que meus pais já idosos ficaram lá , mas por outro lado, um grande alívio me vem na alma, por estar muito longe deles, e não viver com medo de que aquilo vlte se repetir. vou o mínimo possivel na casa de meus pais, e quando vou, é por causa de meus pais e de minhas irmãs, porque deles, a única coisa que eu sinto é asco, eles são as criaturas mais nojentas que eujá tive conhecimento. Conseguiram acabar com toda minha vida, uma infância, uma adolescência e agora uma vida adultada de total sofrimento e jamais de felicidade alguma. Nunca piude ser feliz, e todos os dias inumeras vezes eu me recordo daquelas monstruosidades. Lágrimas rolam sem que eu perceba, e o sofrimento só aumenta. Eu quero um dia poder me vingar de alguma forma,embora eu ache que Deus esta encarregando-se de ele mesmo fazer justiça. Quero poder ser bem sucedida um dia, e ficar cara a cara com cada um deles, e então jogar na cara de cada um, torturar a alma deles, fazendo verem o lixo humano no qual eles me transformaram. sim, por qiue é isso que eu sou, um lixo. jamais serei feliz, eu sei disso. Meu despreso por eles é grande demais e meu coração está inundado de ódio. Não sei o que será de mim, deixo isto nas mãos de Deus, mas escrever aqui td que me aconteceu já está me aliviando e muito, porque eu nao aguentava mais isto dentro do meu peito abafado. Hoje sou universitária, moro sozinha e sou profundamente infeliz..