Sempre estamos esperando algo. Uma resposta, uma pessoa, alguma solução, subir de cargo, finalizar um curso, enfim. Quando paramos de esperar perdemos o brio de viver, arrefecemos o fervor e ficamos à deriva de qualquer sorte, uma porta aberta à doenças como a depressão, por exemplo.
É bem verdade que podemos ter esperanças em coisas imanentes, isto, aliás, faz parte da vivência humana. Contudo, existe uma esperança maior, um desejo alto pelo qual aspira nossa alma. O salmista diz “Minha alma tem sede de Deus”. Esta sede é uma expressão latente de todo homem mesmo aquele que, por ventura, desconheça ou negue esta aspiração.
A Igreja Católica começa neste domingo um de seus mais belos tempos litúrgicos, o advento. Com ele se inicia um novo ano. A espera da Igreja é por Cristo e seu Reino – Ele mesmo, pois acredita que Ele é o único capaz de conceder a paz que aspiramos, isto baseado na fé do Apóstolo que ensina, “Cristo é a nossa paz”. Logo, para o cristão a paz não é ausência de guerras, uma utopia, um sonho, uma ideologia ou coisa parecida, a paz é uma pessoa.