Diante dos tristes acontecimentos dos últimos dias, que tiraram a paz da cidade de Salvador e do Estado da Bahia, senti-me na obrigação de colocar-me à disposição tanto do Governo do Estado como das entidades representativas das diversas associações que congregam militares da Polícia Militar para, pelo diálogo, se conseguir a conciliação.
Aceita minha mediação, coloquei minha casa à disposição de todos para os encontros que, em horas assim, se fazem necessários. Minha oferta foi acolhida e, praticamente ao longo de vinte e quatro horas, ali estive reunido com tais representantes.
Como mediador, não me cabe falar do resultado das negociações. O que posso lhes assegurar é que não me alinhei com nenhuma das partes, porque meu compromisso era e é com o povo da Bahia.
A Bahia quer paz; a Bahia precisa de paz; a Bahia tem direito de ter paz. Por isso, venho agora conclamar todos – isto é, Governo, associações de militares, homens e mulheres de boa vontade – para, juntos, construirmos a paz. A paz é um dom de Deus e, por isso, devemos pedi-la; mas a paz é, também, fruto de nosso trabalho. Foi isso que afirmou Jesus no Sermão da Montanha: “Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9).
Em vista do retorno à vida normal em nossas cidades, peço a você, meu amigo, minha amiga: desarme seu coração. Quem exige um desarmamento total, e não só dos corações, é o bem comum, é o bem da sociedade baiana. Nestes meus dez meses de Bahia, descobri que o povo baiano é acolhedor, é trabalhador e festivo; é um povo pacífico por natureza. Esse povo merece o melhor de nossos esforços e toda a nossa dedicação. Na luta pela paz não há vencidos nem vencedores: há irmãos e irmãs que merecem o respeito de todos.
Peçamos a Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, que derrame sobre nós a sua paz; que ele nos dê o dom da sabedoria, para escolhermos o bem; e que nos dê a capacidade de, juntos, construirmos a paz.
Salvador, 7 de fevereiro de 2012.
Dom Murilo S. R. Krieger, scj
Arcebispo de São Salvador da Bahia / Primaz do Brasil
Gostaria muito de saber dos católicos, se é possivel cometer ato de descriminações raciais dentro da igreja, injúrias e defamações, pois tenho uma filha de 10 anos de idade que foi impossibilitada de sair vestida de anjo na procissão de NOSSA SENHORA D” AJUDA, na cidade de cachoeira, no interior da bahia. Olha só, DEUS está presente em todas as classes sociais,basta ter o coração puro e voltado na verdadeira caridade,pessoas que criticam,que semeiam a discordia dentro da igrja são consideradas na maioria das vezes, “DIGNAS DE PENA”. Imagine então,como ficou a cabeça de uma pequena criança,que ousou sonhar vestida de anjo no percursso da procissão e foi atingida moralmente, psicologicamente ao ponto de estar fazendo tratamento com psicologa para tentar superar todo esse trauma, LAMENTAVEL!!!! Pois esse fato aconteceu na cidade de cachoeira, interior da bahia e gostaria muito que DOM MURILO,tomasse providência e apurasse os fatos,porque sei e tenho fé que o nosso DEUS é fiel e misericordioso sempre e que não falta com os seus!!!!