Pastor Silas Malafaia

Alguns meios de comunicação repercutiram a reunião de líderes evangélicos, comandados  pelo pastor Silas Malafaia a diretores da Rede Globo. Os encontros acontecem desde novembro e a intenção de alguns é que a emissora carioca  coloque em sua teledramaturgia uma heroína evangélica.

O assunto entre as partes não é vista com bons olhos por outros adeptos do evangelismo como Fabrício Cunha que em seu perfil no Facebook lamentou  a pretensão do pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. “É a Globo, influenciada pelo sr. Silas Malafaia, que terá o poder de determinar o perfil do ‘bom evangélico’? Por favor, sr. Malafaia (que nunca vai ler esse texto…). Quer falar, fale, mas fale em seu nome ou em nome de quem lhe deu procuração”, contesta.

O pastor  compreende a  exposição dos evangélicos na TV como fonte de prejuízos a lucro. E a culpa? Muito de deve aos tele-pastores. “Na  TV, o segmento evangélico alcança seu pior estereótipo. E não é pelas personagens ‘crentes’ caricatas nas novelas. Não. São os televangelistas que são nossa pior imagem pública. Eles, sim, e seus projetos pessoais de poder, caricaturas de uma triste realidade”, desabafa.

Na opinião do pastor, Silas Malafaia não possui cacife para falar em nome de toda comunidade evangélica ou ainda de “selar a paz” entre a Globo e esse nicho religioso. “E se quiser vender-se para a rede Globo, venda-se, venda o que tem, mas não o que não possui”,afirma categoricamente  e finaliza: “Você NÃO FALA EM MEU NOME e nem em nome de outros milhões de irmãos evangélicos brasileiros, que tomam a sua cruz a cada dia e seguem o mestre Jesus de Nazaré”.

Dos encontros entre as lideranças já surgiram parcerias que vai da criação do selo  “você adora” da Som Livre, ramo fonográfico da Rede Globo ao Festival Promessas que em sua primeira edição teve apenas 10% do público esperado, isto porque outras denominações evangélicas boicotaram  o festival. Em 2012 o evento foi realizado na cidade de São Paulo , onde há maior concentração de evangélicos e com uma participação massiva de artistas da música Gospel nas atrações globais como chamariz para o show e audiência da edição compacta do Festival que foi apresentada na programação de final de ano da emissora.

A coluna F5 da Folha de São Paulo noticiou que a mistura gospel com “peladas” no programa Caldeirão do Huck irritou evangélicos. A atração exibida em 30 de dezembro de 2012 trouxe para o palco Ana Paula Valadão  com a  Banda Diante do Trono e o rapper pregador Luo que, desinibido, chamou uma das assistentes de palco, vestida de canga,  para dançar abraçadinho.

Ao chamar a cantora Ana Paula Valadão disse Luciano Huck: “Desta vez, temos o sagrado e o profano, a babel das religiões, passando pelo funk carioca, o axé da Bahia e as atrações evangélicas”.

O bispo André Santos, da Igreja Nova Vida, lamentou o episódio: “A Rede Globo está conseguindo profanar a música evangélica”, disse, segundo informou a Folha.

Rompeu com o Gospel

João Alexandre rompe com a música Gospel

O ANCORADOURO registro em setembro de 2012 que o veterano e ícone da música evangélica João Alexandre surpreendeu quando  anunciou seu rompimento com o movimento Gospel. “Não faço mais parte, definitivamente, nem em número, nem em gênero e nem em grau, do importado movimento ‘GOSPEL’”, disse.

O cantor ainda classificou como “idiotizado” o mercado que segundo ele tem “uma conotação mercadológica baseada na fama, na grana e na idolatria de artistas, bandas, gravadoras, formatos musicais, mensagens positivistas, entre outras distorções que variam conforme a conveniência dos tempos e dos “bolsos” dos brasileiros, cristãos ou não!”

 

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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