Ex-bbb e deputado Jean Wyllys defende a profissionalização da prostituição.

Ex-bbb e deputado Jean Wyllys defende a profissionalização da prostituição.

A partir de 2002, a prostituição entrou para a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) um passo anterior à profissionalização que só pode ser instituída através de Lei. No país o grande militante pela profissionalização da prostituição é o ex-bbb e deputado pelo Psol do Rio de Janeiro, Jean Wyllys.

A Copa do Mundo de 2014 no Brasil é visto pelo parlamentar e defensores da ideia como uma grande oportunidade para a aprovação do Projeto de Lei n° 4.211/2012, conhecido como Lei Gabriela Leite. Em entrevista ao UOL, o deputado afirmou que a Lei visa descriminar a casa de prostituição. “O que é crime, segundo o Código Penal, é a casa de prostituição. Só que, ao fazer da casa de prostituição um crime, a prostituta é taxada como criminosa, porque nenhuma prostituta é autônoma a ponto de trabalhar sozinha”, disse.

Prostituição entrou para a CBO em 2002.

Prostituição entrou para a CBO em 2002.

O nome prostituição é substituído por profissionais do sexo – assim como na CBO – , eufemismo para atenuar a degradação moral que é a venda do próprio do corpo para obtenção de lucro. Com a profissionalização da prostituição, o estado ganharia sua fatia neste comércio de corpos com a cobrança de impostos.

Recentemente o jornal britânico The Guardian publicou uma longa matéria sobre Fortaleza, uma das cidades-sede do mundial de futebol, como a capital da exploração sexual infantil no Brasil. Em menos de uma semana, o programa Fantástico (Rede Globo) revelou um esquema milionário de prostituição de luxo internacional envolvendo um pagodeiro e garotas de TV.

Parceria com a Caixa Econômica Federal tornou prostitutas em microempreendedoras.

Parceria com a Caixa Econômica Federal tornou prostitutas em microempreendedoras.

Com notícias como esta é difícil e chega a ser risível acreditar que a profissionalização da prostituição erradicará a exploração sexual no Brasil  como defende o ex-bbb Wyllys. 

O deputado costuma lembrar que países desenvolvidos como a Holanda tem a prostituição como profissão. Mas esquece de mencionar que mesmo nestes países, ditos de primeiro mundo, as mulheres preferem não assumir a condição de prostitutas. A Holanda diminui a cada ano a “vitrine da prostituição” onde mulheres ficavam à mostra como peças de carne ou animais à venda, nas  ruas de Amsterdam.

Em Belo Horizonte, a Associação de Prostitutas em parceria com a Caixa Econômica Federal fornecerá máquinas de cartão de crédito para que as meretrizes possam cobrar o valor de seus programas através destes serviços. Prostituta passou a ser considerada microempreendedora. Para a Copa de 2014 passaram a receber também aulas de inglês.

Com projetos de leis e parcerias como esta com a Caixa Econômica Federal o Brasil prolongará a pecha de país de “mulher fácil“, facilitador da degradação moral. E para quem acha que prostituição é uma profissão como qualquer outra basta uma conversa mais atenta com qualquer uma dessas mulheres para ver o risco a que estão expostas e a ferida que aumenta a cada programa.

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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