Por Rafael Alberto, Secretário de Comunicação da Arquidiocese de São Paulo.
São lamentáveis os comentários feitos sobre o afastamento de dom Odilo do Instituto para Obras Religiosas (IOR), equivocadamente chamado de “Banco do Vaticano” – o que, de fato, não é!
Claro que essa “impressão” do povo está fortemente condicionada pela maneira como a imprensa noticiou a renovação que o papa Francisco fez no IOR. Na entrevista, concedida nesta quarta-feira à Folha de S.Paulo, o cardeal explica com muita serenidade que a decisão do papa não tem nada com suspeitas de corrupção e esclarece que a comissão de cardeais tem funções muito específicas, sem quaisquer responsabilidades de gestão sobre os fundos do IOR.
O arcebispo de São Paulo tem-se mostrado uma autoridade de peso – arrisco dizer, uma das únicas na Igreja do Brasil – para a opinião pública, sobre questões importantes da sociedade! Talvez haja interesse em diminuir a voz de um cardeal que faz a Igreja sair da sacristia.
Quem, no entanto, conhece a biografia e a firmeza com que dom Odilo conduz o rebanho da desafiadora Arquidiocese de São Paulo, sabe muito bem que o que se tem falado a seu respeito é absolutamente mentiroso!
Termino por aqui com as palavras do próprio dom Odilo, num recente documento em que ele esclarece as transferências de párocos de uma região episcopal, e que causaram reações contrárias:
“Nestes dias, em que nos preparamos para a festa do nosso Patrono, o apóstolo São Paulo (25/01), quero recordar uma palavra insistente dele à comunidade de Corinto, onde estavam sendo infiltradas sementes de divisão e discórdia: ‘Irmãos, eu vos exorto, pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, a que estejais todos unidos no que falais e que não haja divisões entre vós. Pelo contrário, sede bem unidos no sentir e no pensar’ (1Cor 1,10). Que São Paulo nos contagie mais e mais com seu ardor missionário! Deus abençoe a todos!”
vou falar com a escritora.