No dia dedicado às mulheres o ANCORADOURO homenageia algumas que fizeram e fazem história como testemunhas de uma autêntica vivênicia de sua dignidade. Elas também, de um modo especial, constroem a história da Igreja.

1.

Madre Teresa de Calcutá

O momento crucial para a sua vida que a convertia em Madre Teresa de Calcutá, deu-se de improviso. Ela mesma nos conta: “Ocorreu em 10 de setembro de 1946, durante a viagem de trem que me levava ao convento de Darjeeling para fazer os exercícios espirituais. Enquanto rezava em silêncio a nosso Senhor, adverti um chamado dentro do chamado. A mensagem era muito clara: devia deixar o convento de Loreto (em Calcutá) e entregar-me ao serviço dos pobres, vivendo entre eles”. Logo iniciou sua vida como: Madre Teresa de Calcutá.

Recebeu a permissão da Santa Sede para levar os moribundos das ruas para um lar onde eles pudessem morrer em paz e dignidade, também abriu um orfanato. Em 1950 fundou uma congregação religiosa, e as irmãs de caridade são mais de 4.000, espaplhadas por 95 países, e todas as nações permitiram seus trabalhos.

O Papa João Paulo II confiou às religiosas de Madre Teresa a casa “Dom de Maria” aberta no Vaticano, ao lado do Palácio do Santo Ofício, para assistir aos mais pobres e aos moribundos da Itália. Em 1979 Madre Teresa recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho. A Madre Teresa de Calcutá faleceu na Sexta-feira 5 de setembro de 1997 vítima de uma parada cardíaca. Milhares de pessoas de todo o mundo se congregaram formando várias filas na Igreja de Santo Tomás para despedir-se da Madre Teresa.

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2.

Chiara Lubich (Fundadora do Movimento Focolare)

Chiara nasce em Trento en 22 janeiro de 1920. Durante o fascismo, vive anos de pobreza: o pai, socialista, perde o trabalho por causa de suas idéias. Para manter seus estudos, desde muito jovem dá aulas particulares.

7 de dezembro de 1943, dia no qual Chiara pronunciou o seu sim para sempre a Deus, na capela dos Frades Capuchinhos, em Trento. Estava só. Tinha 23 anos. Não existia nenhuma previsão de tudo o que nasceria a partir de então. Os primórdios do Movimento são marcados por esta data.

O seu nome de batismo é Silvia. Assumirá o nome de Chiara, fascinada pelo radicalismo evangélico de Santa Clara de Assis.

Busca da Verdade, busca de Deus – Esta escolha radical marca a primeira etapa de um caminho na busca apaixonada da Verdade, de um conhecimento mais profundo de Deus. Para encontrar essa resposta, depois de ter se formado como professora, inscreveu-se na Faculdade de Filosofia da Universidade de Veneza. Mas não pôde continuar os estudos, primeiramente por causa da guerra e depois porque deveria acompanhar o desenvolvimento do Movimento que estava nascendo. Intuiu que encontraria a resposta em Jesus, que havia dito: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. Ele seria o seu Mestre.

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3.

Geana  Beretta Mola

Foi membro atuante da Ação Católica desde a adolescência. Formou-se com louvor em Medicina e especializando-se em Pediatria, por seu grande amor às crianças e às mães, pois pretendia unir-se ao seu irmão, Padre Alberto, médico e missionário no Brasil, que havia fundado um hospital na cidade de Grajaú, no Estado do Maranhão, mas foi desaconselhada por seu Bispo.

Logo após, no ano de 1954, conheceu o engenheiro Pietro Molla e sentiu o chamado à vocação do Matrimônio. Noivaram em 11 de abril de 1955 e casaram-se no dia 24 de setembro do mesmo ano, tendo a cerimônia sido presidida por seu outro irmão, Padre Giuseppe. Durante o noivado escreveu ao seu noivo: “Quero formar uma família verdadeiramente cristã; um pequeno cenáculo onde o Senhor reine nos nossos corações, ilumine as nossas decisões, guie os nossos programas”.

Das gravidezes, fruto do seu Matrimônio, quatro crianças nasceram: Pierluigi, Maria Zita, Laura e Gianna Emanuela. Na última gestação, aos 39 anos, descobriu que tinha um fibroma no útero. Três opções lhe foram apresentadas naquele momento: retirar o útero doente, o que ocasionaria a morte da criança, abortar o feto, ou, a mais arriscada, submeter-se a uma cirurgia de risco e preservar a gravidez. Não hesitou! Disse: “Salvem a criança, pois tem o direito de viver e ser feliz!” Submeteu-se à cirurgia no dia 6 de setembro de 1961.

Deu entrada, para o parto, no hospital de Monza, na sexta-feira da Semana Santa de 1962. No dia seguinte, 21 de abril de 1962, nasceu Gianna Emanuela, a quem teve por breves instantes em seus braços. Sempre afirmou: “Entre a minha vida e a do meu filho salvem a criança!”. Entrou para o Céu no dia 28 de abril de 1962, em casa, provavelmente ouvindo as vozes das suas crianças acordando, no quarto ao lado.

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4.

Irmã Dulce

Segunda filha do dentista Augusto Lopes Pontes e de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes, ao nascer em 26 de maio de 1914, Irmã Dulce recebeu o nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. O bebê veio ao mundo na rua São José de Baixo, 36, no bairro do Barbalho, na freguesia de Santo Antônio Além do Carmo. A menina Maria Rita foi uma criança cheia de alegria, adorava brincar de boneca, empinar arraia e tinha especial predileção pelo futebol – era torcedora do Esporte Clube Ypiranga… Continue lendo sobre Irmã Dulce clicando aqui.

5.

Zilda Arns

Foto de Dra. Zilda Arns em sua última missão, no Haiti

Foto de Dra. Zilda Arns em sua última missão, no Haiti

Médica pediatra e sanitarista, fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Nasceu no dia 25 de agosto de 1934, em Forquilhinha, Estado de Santa Catarina, Sul do Brasil. Filha de Gabriel Arns e Helena Steiner Arns. Irmã de Dom Paulo Evaristo Arns, cardeal arcebispo emérito de São Paulo. Viúva (1978), é mãe de cinco filhos: Rubens (Médico Veterinário), Nelson (Médico), Heloísa (Psicóloga), Rogério (Administrador de Empresas) e Silvia (Administradora de Empresas). Para chegar até a indicação ao Prêmio Nobel, Zilda Arns percorreu um longo e dedicado caminho. Sua formação começa em Forquilhinha, SC e em 1959 termina o curso de Medicina, em Curitiba. Continue lendo sobre a a biografia de Dra. Zilda Arns clicando aqui.

6.

Patty Gallagher Masnfield

Patti Gallagher Mansfield foi uma participante em Fevereiro de 1967 do retiro em “Duquesne Weekend” que marcou o início da Renovação Carismática da Igreja Católica. Desde os primeiros dias da Renovação ela tem servido como uma líder através do ensino, da escrita e do ministério pastoral. Patti  tem muitos livros publicados e com frequência pega em retiros em todo o mundo.

Patti é casada com a Al Mansfield, Coordenador da Renovação Carismática Católica de Nova Orleães, Louisiana, e eles têm quatro filhos e quatro netos. Ela e Al servem juntos na liderança pastoral de uma reunião de oração semanal e anual Carismática Católica Conferência.

Patti foi solicitada pelo Conselho Pontifício para os Leigos para agradecer Pope Benedict XVI em nome de todos os movimentos eclesiais e novas comunidades perante uma multidão de 400.000 pessoas na Praça de São Pedro na vigília de Pentecostes de 2006. Ela também tem ministrado no Retiro Internacional para sacerdotes em Ars, França Durin g do ano para Sacerdotes promovido pela Congregação para o Clero.

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7.

Maria Emmir Nogueira (Co-fundadorada Comunidade Católica Shalom)

Nascida em Fortaleza, Ceará, filha mais velha de seis irmãos, Maria Emmir residiu no Rio de Janeiro dos cincos aos vinte anos, devendo sua formação intelectual e religiosa às irmãs Lourdinas, Ursolinas e, na Universidade, aos Padres Jesuítas. Apaixonada pela língua inglesa desde criança, fez do estudo de línguas sua grande dedicação e paixão, tendo trancado a faculdade de Psicologia na PUC-RJ para dedicar-se às letras. Em 1972 mudou-se para Fortaleza e em 1973 casou-se com o Engenheiro Sérgio Cabral Nogueira. Formou-se pela Universidade Federal do Ceará em Fortaleza em 1974 e prosseguiu estudos de especialização no ensino inglês para estrangeiros, lingüística e fonético, como “extended studant” da Universidade de Michigan, USA.

Tendo nascido em uma família católica e muito temente a Deus, Maria Emmir nunca se afastou da fé, tendo sido hábito seu visitar a Igrejinha do Forte de Copacabana – como era conhecida na época – após cada aula de inglês na Cultura Inglesa do Rio de Janeiro. Também era freqüentadora quase diária da Capela de Santa Filomena, em Fortaleza, quando vinha de suas jornadas de estudo e trabalho.

Nossa Senhora foi, desde de infância, a amiga e intercessora mais fiel. Logo após o casamento, porém, sua prática religiosa restringia-se à missa dominical, até que, em 1976, fez o Cursilho de Cristandade, atendendo ao convite insistente de seu marido, que fizera o encontro meses antes. Daí para o Seminário de Vida no Espírito Santo, feito por ambos em agosto-setembro de 1977, foi um pulo. A Graça do Batismo no Espírito Santo viria a mudar inteiramente a ela. Mais sobre Emmir Nogueira, confira clicando aqui.

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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