A relação entre futebol e a fé não é coisa estranha, nem novidade. Santos de devoção, promessas feitas, votos cumpridos, clamores antes de começar o jogo. Levando em conta que os jogadores são atletas que saem de um população majoritariamente religiosa, tais práticas podem até ser consideradas culturais. 

Luis Eduardo Girão ladeado por padres e pastores.

Mas uma minoria de torcedores do Fortaleza Esporte Clube resolveu problematizar o assunto. Os laicistas que acabaram de testemunhar o milagre da saída do time da série C, não toleraram  que o Clube cantasse o hino de são Francisco, o santo católico querido até por ateus, e a exposição do mosaico “Glória a Deus” nas arquibancadas do Castelão no dia do jogo contra o CSA.

Mosaico revoltou minoria que não quer manifestação pública de fé do time.

Caso continuem no intento pelo “Fortaleza laico” é possível que esta minoria também milite pela saída dos padres diretores espirituais do time, dos pastores que acompanham jogadores e das missas e cultos que acontecem ao longo do ano, no clube. Certamente punirão as manifestações dos jogadores que em breve – possivelmente – não poderão persignarem-se, usar algum símbolo religioso ou manifestar a fé publicamente.

Padre Reginaldo Manzotti fez homenagem ao Fortaleza durante evento na capital cearense.

Mais uma vez, é a minoria barulhenta que tenta calar uma maioria que não liga muito para essas chatices. Entretanto, é hora dos torcedores que não concordam que este punhado de gente, defenderem seu time e a livre manifestação religiosa. É hora de apoiar a diretoria e o seu presidente, um homem de diálogo, de bonomia ímpar, um promotor da cultura de paz, que sacrificou-se para que o time saísse, depois de 9 anos, da série C.

 

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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