“Quanto mais o tempo passa, mais dói esse dia! Fica a impunidade dos assassinos“. Este foi o desabafo de Glória Perez em sua conta no Instagram relembrando a triste data. Este 28 de dezembro marca os 26 anos do assassinato de Daniella Perez, crime que comoveu o país. Filha da novelista Glória Perez, Daniela foi vítima na vida real de seu par romântico da trama, o ator Guilherme de Pádua e sua então esposa, Paula Thomaz.

Guilherme de Pádua conta seu testemunho.

Guilherme e Paula foram condenados, cinco anos depois do crime, por homicídio qualificado, a 19 anos e seis meses de cadeia. Posteriormente, a pena foi reduzida a seis anos. Em liberdade, o assassino da atriz cursou teologia e em 2017 se tornou pastor da Igreja Batista da Lagoinha,  em Belo Horizonte.

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Relembre como foi o crime que chocou o país. Texto plugado do portal último Segundo, o IG. 

Guilherme de Pádua e Daniella Perez (1992).

Por volta de 21h, Daniella terminou de gravar e seguiu para o estacionamento com Guilherme. Após tirarem fotos com fãs, a atriz entrou em seu Escort XR3 preto e saiu sozinha do estacionamento. Guilherme partiu em seguida.

Pouco depois, Daniella parou para abastecer em um posto na avenida Alvorada. Quando a atriz saía do posto, teve seu carro fechado pelo Santana de Guilherme. Os dois desceram do carro e Guilherme deu um soco no rosto de Daniella, que caiu desacordada. Dois frentistas testemunharam a agressão.

Guilherme então colocou a atriz desacordada no banco de trás do Santana, que passou a ser dirigido por Paula, assumindo a direção do Escort de Daniella. Os dois carros seguiram para a avenida das Américas e de lá entraram na rua Cândido Portinari, onde pararam na frente de um terreno baldio.

Dentro do Santana, Paula tentou agredir Daniella com uma chave de fenda. Ao ver que ela não conseguia cravar a ferramenta na atriz, passou a procurar por uma tesoura.

 

Por volta das 21h20, o advogado Hugo da Silveira passou pelo local, viu um casal dentro do Santana e suspeitou que pudesse se tratar de um assalto. O advogado anotou as placas dos carros e, ao chegar em casa, chamou a polícia. Silveira depois reconheceu a mulher que ele havia visto como sendo Paula.

Daniella foi então levada para o terreno baldio, onde o seu corpo foi deixado com 18 perfurações que atingiram o pulmão, o pescoço e o coração. Segundo as investigações, ela foi ferida dentro e fora do carro.

Quando a polícia chegou ao local, achou apenas o carro de Daniella. Seu corpo só seria encontrado mais tarde, após policiais irem até a casa da atriz.

 

O ator Raul Gazolla, marido de Daniella, foi o primeiro a chegar ao terreno e a reconhecer o corpo. Lá, ele e Glória Perez receberam palavras de consolo do próprio Guilherme, que voltou ao local do crime. Gazolla chegou a dizer que o ator era um “grande amigo”. Ainda na mesma noite, Guilherme também foi à delegacia com os familiares de Daniella.

Com as placas dos dois carros em mãos, a polícia foi ao estúdio da Globo, onde pôde constatar que o Santana em questão era o carro no qual Guilherme havia saído logo depois de Daniella. No entanto, havia uma pequena diferença entre as placas – a polícia foi informada pelo advogado que o Santana era de placa OM 1115, quando o carro de Guilherme era LM 1115. Mais tarde, comprovou-se que o ator havia adulterado a placa. O fato ajudou a derrubar a versão da defesa de que havia sido um crime passional, dado o grau de premeditação.

No dia seguinte ao crime, Guilherme, já considerado como o principal suspeito, foi levado para depor. Inicialmente, ele negou envolvimento no crime, mas acabou confessando após horas de interrogatório. Em um primeiro momento, Paula também chegou a assumir participação no homicídio, mas voltou atrás e passou a dizer que era inocente.

Fonte: Último Segundo – iG @ https://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/crimes/caso-daniella-perez/n1596994089816.html

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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