Foto:Anderson de Deus/Arte Produções

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Só foi preciso o Anthrax subir no palco e executar os primeiros acordes para a multidão se dar conta do que viria na histórica noite de 24 de março de 2016, no Castelão. O show do Iron Maiden que começou com a abertura morna e mecânica do The Raven Age, banda liderada por George Harris, guitarrista e filho de Steve Harris, logo deu lugar ao som frenético de uma das lendas do thrash metal.

Ver Joey Belladonna soltando tanta energia em “Caught in a Mosh” na abertura do show foi um excelente aperitivo para o restante da apresentação da banda e para o show principal da noite. A apresentação do The Raven Age, aliás, beirou o descartável, enquanto o Anthrax mostrou porque, com exceção desta turnê, tem cacife para ser atração principal em qualquer lugar do mundo.

A parte ruim foi a curta duração do espetáculo, algo em torno de um hora. Mas o quinteto fez cada minuto valer a pena e preparou bem o terreno para a entrada triunfal do Iron Maiden.

O Anthrax mostrou no Castelão que o tempo vem fazendo bem a banda. O guitarrista Jon Donais deu mais vitalidade e técnica ao som do quinteto e de quebra, mostrou ser um excelente parceiro para Scott Ian. Pelo menos no palco, a sensação é de que todos os problemas extra-palco que a banda enfrentou anos atrás, com trabalhos desastrosos e trocas de integrantes são coisas definitivamente do passado.

Um dos pontos altos do show- não foram poucos- foi a execução endiabrada de Medusa, um dos clássicos da banda. Quem não era fã da banda e estava lá apenas pelo Iron Maiden certamente se sentiu mais propenso a colocar músicas dos nova-iorquinos para tocar no seu celular.

Veja o setlist do show memorável:

 1.Caught in a Mosh

2.Got the Time (Joe Jackson cover)

3.Antisocial (Trust cover)

4.Fight ‘Em ‘Til You Can’t

5.Evil Twin

6.Medusa

7.Breathing Lightning

8.Indians

About the Author

Aflaudisio Dantas

Repórter com passagem pelo jornal O Povo. Como membro da equipe de esportes do jornal, atuou na cobertura da Copa do Mundo, em 2014. Também fez coberturas sobre os principais clubes do futebol cearense e escreveu sobre outros esportes. É fascinado por rock e por contar e ouvir boas histórias

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