Foto: reprodução / Facebook

Banda se apresenta nesta sexta-feira, 25, no anfiteatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Ingressos esgotaram ainda na quarta-feira, 23.

Depois de um longo período rodando o Brasil com a turnê do disco Praieiro, e sem fazer shows em Fortaleza, o Selvagens à Procura de Lei volta a fazer show na capital cearense nesta sexta-feira, 25, quando a banda faz uma apresentação especial no Anfiteatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, tocando o álbum Aprendendo a Mentir na íntegra.

O grupo é formado por Gabriel Aragão (voz e guitarra), Caio Evangelista (voz e baixo), Nicholas Magalhães (voz e bateria) e Rafael Martins (voz e guitarra), que conversou com o Ceará & Rock. Na entrevista, o guitarrista fala do show de logo mais e como surgiu a ideia dessa apresentação, comenta sobre o primeiro disco (Aprendendo a Mentir) e faz um anúncio: ainda em 2017, a banda deve lançar um single ou até um EP com canções inéditas.

Ronnald Casemiro: Para começar, gostaria de falar um pouco sobre esse show, que é especial e em homenagem ao primeiro disco, o “Aprendendo a Mentir”. Como surgiu a ideia desse show? O que os fãs podem esperar dessa apresentação? Teremos surpresas?

Foto: Alex de Paiva / divulgação

Rafael Martins: Surgiu de uma vontade nossa de comemorar com os nossos fãs tudo que foi construído desde o início, desde o Aprendendo a Mentir, que é o primeiro disco dos Selvagens. Muitos fãs pelo Brasil gostam bastante desse disco, nada mais justo que fazer um show especial no meio da nossa tour, que vem sendo do disco Praieiro, lançado ano passado. Preparamos um show mais visual, com iluminação pensada pra todas as músicas, além de outros detalhes que só quem tiver lá vai poder ver com os próprios olhos. E claro, no repertório também vão rolar as músicas do disco 2 e do Praieiro.

RC: E vocês, o que esperam desse show, que já teve seus ingressos esgotados?

RM: Ficamos superanimados quando soubemos que os ingressos esgotaram! É um show especial pra gente, conta muito a nossa história com a cidade e as músicas meio que nos teletransportam praquela época. Foi o começo de tudo, tínhamos nossos 20-22 anos e gravamos ele de forma independente, na raça, com o dinheiro juntado das apresentações frequentes em todos os lugares possíveis, onde rolavam nossos shows em Fortaleza. Temos muito orgulho quando pensamos que com ele conseguimos chegar aos ouvidos de muita gente Brasil a fora. Rolava muita diversão, mas também sempre tivemos a vontade de chegar longe e fazer carreira sólida.

RC: Sobre o álbum. Há alguma canção que, para você, é especial? Há alguma que não é tão querida assim?

RM: “Mucambo Cafundó” pra mim é um marco. Desde a composição quando eu estava na casa dos meus pais aqui em Fortaleza numa tarde qualquer e surgiu o nome da música. Depois escrevi a primeira parte da letra junto com o riff e melodia e no mesmo dia o Gabriel foi me visitar e eu já mostrei a ele, aí já levou o que eu tinha escrito pra fazer a outra metade e dias depois a música nasceu. A partir dali eu senti que a gente podia chegar longe. Quando rola parceria entre os músicos da própria banda, sempre saem músicas com uma carga mais significativa, o que lhe faz querer tocar e cantar sempre o que foi feito ali, pelas mãos de quem tá junto no mesmo barco. Não há nenhuma que eu não goste, pelo contrário, acho um disco muito bom do começo ao fim, é o retrato das nossas vidas naquela época.

RC: Nos últimos anos, o Selvagens à Procura de Lei tem sido presença garantida na Maloca do Dragão, mas em 2017 a banda não esteve no evento? A agenda não permitiu ou houve algo mais para que isso não tenha sido possível?

RM: Fomos a banda com maior público em duas edições, com mais de 5 mil pessoas. Temos uma boa relação de shows com o Dragão do Mar, mas em 2017 não rolou mesmo. Estávamos rodando com a tour pelo Brasil.

RC: O lançamento do Praieiro aconteceu há cerca de um ano e meio e, com esse disco, vocês já rodaram todo o Brasil. Como tem sido a recepção e o que teve de diferente em relação aos outros álbuns da banda?

RM: Com o Praieiro vieram muitas conquistas que estavam prestes a acontecer e que só foram possíveis por conta de um novo álbum. Conseguimos um ótimo destaque com “Tarde Livre” e foi o disco que o Caio e o Nicholas passaram a compor, trazendo um novo frescor. Com o Praieiro o show ficou mais dinâmico, o repertório ficou mais vasto e com várias possibilidades. Botamos na nossa cabeça e na da nossa equipe que era o momento de rodar o país e chegar ao máximo de lugares possíveis. Com isso, já fizemos 22 estados e fomos de Boa Vista-RR à Santa Maria-RS. Em todos os shows, festivais, cidades, capitais, interior, a gente viu fãs e curiosos cantando nossas músicas, muitas vezes emocionados por estarem vendo a banda predileta chegar onde não imaginavam que chegaríamos. Foi extremamente recompensador ver que o que a gente faz atinge o país inteiro. Conseguimos aumentar de forma imensurável nossa base de fãs e o nome da banda chegou pra muita gente.

RC: Além disso, quais os outros planos do Selvagens para um futuro próximo… E futuro mais distante?

RM: Estamos nos preparando pra gravar um single, ou talvez um pequeno EP. O certo é que queremos lançar musica(s) nova(s) ainda esse ano. Já simbolizando, talvez, um novo caminho, uma nova sonoridade.

RC: Deixe um recado para os fãs da banda.

RM: Muito obrigado a todos que acompanham os Selvagens, que seguem nossas redes e dão a maior força pro nosso trabalho. Show na terrinha é sempre especial, nos vemos na sexta! Enorme abraço e até breve!

Foto: Alex de Paiva / divulgação

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Ronnald Casemiro

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