Crédito: Wander Roberto / Divulgação UFC

Depois da vitória sobre Forrest Griffin, na segunda luta mais importante do UFC Rio, no último sábado, Maurício “Shogun” Rua admitiu que desta vez sentiu uma ansiedade diferente. Nesta última semana, acordava às vezes no meio da noite e pensava: “Caraca, tá chegando a luta”.

Foi a primeira vez que se sentiu assim, e acredita que pelo fato de estar lutando em casa e sentindo a obrigação de vencer. “Ninguém é obrigado a vencer, mas eu me coloquei na obrigação, me cobrando mesmo”, admitiu ele, depois do fim da coletiva de imprensa, em entrevista a alguns jornalistas que estavam presentes na sala de imprensa.

A vitória de Shogun teve o gostinho de revanche. Em 2007, em sua estreia no UFC, ele perdeu para Forrest Griffin, quando estava com o joelho lesionado. Segundo ele, desta vez, sentia-se confiante, porque treinou bastante. “Estou com ritmo de luta. Fiquei 11 meses parado (antes de se preparar para a estreia), mas isso não é desculpa. Hoje, eu tô num ritmo de luta de novo”.

Vindo de uma derrota para Jon Jones, quando perdeu o cinturão dos pesos meio-pesados, ele afirma que precisava dessa vitória. “Com certeza! Nós, atletas, vivemos de resultados”. Shogun também já foi campeão do Pride e é um dos lutadores mais importantes do Brasil.

Antes de vencer revanche contra Forrest Griffin, ele venceu o brasileiro Lyoto Machida também em revanche, em 2010, por nocaute, conquistando o título. Pena que, neste ano, perdeu para Jon Jones, atual dono do cinturão.

Questionado sobre a possibilidade de nova luta contra Jon Jones, se também venceria por nocaute a exemplo das revanches anteriores, ele disse que não importa se por nocaute ou finalização, o que ele quer é vencer. “Eu tenho cinco derrotas na carreira e três (delas) eu consegui me vingar”, conta. Uma das derrotas foi para Renato “Babalu” Sobral, que é do Strikeforce, integra sua equipe e considera como irmão.

“Então, o Babalu eu descartei, não penso em lutar com ele. O único cara que penso em lutar e me vingar é o Jon Jones. Mas eu sei que tenho que dar tempo ao tempo, tenho mais algumas lutas pela frente. Então eu tô tranquilo”. Para ele, Jones é um lutador muito bom, está no topo dessa categoria. “Com certeza vou treinar duro pra recuperar o cinturão”.

Segundo Shogun, durante a luta, sua concentração fica focada nas orientações do corner, mas a torcida faz toda a diferença. “Eu escutava a torcida berrando e estava muito motivado. Você tira um gás a mais, você tira uma motivação a mais. Fiquei muito feliz com a torcida me apoiando”. Com a vitória, ao ouvir dos fãs cantando “O campeão voltou”, ele sorri e conta que ficou “amarradão”.

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Bruno Balacó

Jornalista esportivo do Grupo de Comunicação O POVO. Redator do site de esportes do jornal O POVO (Portal Esportes O POVO) e repórter do caderno de esportes do O POVO. Comentarista esportivo da Rádio O POVO/CBN, da TV O POVO e titular blog Gol e do blog Clube da Luta do O POVO Online

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