Velasquez castigou Cigano nos cinco rounds da luta. Foto: UFC/Divulgação
Ao lado do boxe afiado, a excelente defesa de quedas sempre foi uma marca registrada da carreira de Júnior Cigano no MMA. O lutador brasileiro chegou para a sua 2ª defesa de cinturão dos pesos-pesados do UFC praticamente desconhecendo a luta de solo no octógono mais famoso do mundo, já que se viu diante dessa situação por míseros 13 segundos ao longo das nove lutas. E não foi por falta de tentativa (que o digam Frank Mir e Roy Nelson).
Na revanche contra Cain Velasquez, Cigano foi caçado desde o primeiro segundo da luta. Mostrando uma disposição incrível, o americano não desistiu enquanto não conseguiu colocar Cigano pra baixo. Foram seguidas investidas. As primeiras sem êxito. Mas depois de conectar um golpe em cheio no rosto de Cigano, que mudou completamente o rumo da luta, Velasquez abriu caminho para ‘deitar e rolar’ no combate.
Não foram uma e nem duas, mas 11 quedas ao longo dos cinco rounds. Mais que uma novidade para Cigano, um abismo diante de seu histórico, de apenas duas quedas sofridas ao longo de suas 16 lutas. Ou seja, numa só combate, Cigano foi derrubado mais de cinco vezes do que em toda a sua carreira.
O dado, que por si só já é bastante impressionante, fica ainda mais em evidência, levando em conta que foi o 2º maior número de derrubadas em uma disputa de cinturão no UFC. A marca de Velasquez sobre Cigano é foi superada pela de Sean Sherk, que mandou pra baixo o cearense Hermes França, em 2007, em 16 ocasiões.
Não há dúvida. Para além da 1ª derrota no UFC e a perda do cinturão, a 2ª luta contra Velásquez será um divisor de águas na carreira de Cigano.
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