Após mais uma edição do UFC, os fãs do esporte debatem sobre as lutas, os desempenhos dos atletas, o que eles disseram na coletiva após o combate e os prováveis próximos adversários de cada um deles. Fizemos uma breve análise. Entre na discussão e participe: o que você achou da edição 159? E quem enfrenta quem agora?
JON JONES: A mais fácil de todas
Jones defendeu seu cinturão pela quinta vez na carreira. Diante de Sonnen, foi a mais fácil delas. Mas o americano quebrou o dedão do pé esquerdo durante a luta e está sob suspensão médica. A questão agora é saber quanto tempo levará a sua recuperação. Dois lutadores brasileiros o esperam: Lyoto Machida, que é o próximo na disputa pelo cinturão dos meio pesados, e Anderson Silva, que busca uma superluta na carreira, contra Jones ou GSP. Saber o tempo que Jones ficará longe do octógono é determinante para Machida: se o americano voltar em setembro, o brasileiro aguarda a recuperação do lutador para enfrentá-lo. Caso Jones só volte no final do ano, Lyoto aceitaria o duelo feito por Gustafsson, para evitar ficar tanto tempo inativo.
CHAEL SONNEN: O que fazer agora?
Um lutador que fala muito e pouco faz. Para a promoção das suas lutas, atua como campeão. Mas, em disputa do cinturão, Sonnen passa longe de se tornar um. Foi massacrado de novo, dessa vez por Jon Jones e assumiu: é hora de repensar o futuro no UFC. Todo lutador, em todas as categorias, quer chegar ao topo e tomar o cinturão do detentor para si. Sonnen já enfrentou dois campeões e perdeu feio para ambos. Então, o que fazer agora? Se decidir continuar lutando, não terá grandes pretensões Se parar, fará falta somente por suas provocações engraçadas.
MICHAEL BISPING: derrota, vitória, derrota, vitória..
Comprovou o leve favoritismo e venceu Alan Belcher. Em luta muito chata. Bisping provoca os adversários e fala muito antes do duelo mas, quando a luta começa, pouco faz. É clara a limitação do lutador, com baixo poder de nocaute e fraco no chão. Venceu por mostrar mais disposição e desferir golpes. O inglês vinha de derrota e agora se recupera. E assim deve continuar dentro da categoria: oscilando seu cartel e sem chegar a lugar algum.
ROY NELSON: favorito também contra o próximo
Um golpe de direita de Roy Nelson e bum! Francês nocauteado. O americano faturou um prêmio-extra de US$ 65 mil (cerca de R$ 135 mil) pelo merecido “Nocaute da Noite”. Daniel Cormier deve ser seu próximo adversário. Promessa de excelente luta com favoritismo para Nelson, por possuir ótimo jiu-jitsu, mão direita pesada e um queixo duríssimo. São características que fazem do Gordinho um páreo dificílimo para qualquer um.
PHIL DAVIS: Ainda é cedo
Miller e Healy fizeram uma luta no chão pois é onde são melhores. Já Phil Davis e Vinny Magalhães fugiram dessa lógica. Mesmo sendo ótimos grapplers, a luta se desenvolveu praticamente em pé. O americano dominou o confronto e não quis investir na luta de solo, recusando algumas tentativas do brasileiro de aplicar o jiu-jitsu. O combate foi aceitável. E Davis continua vivo na categoria após a derrota marcante para Rashad Evans, em janeiro do ano passado, pelo desafiante Nº 1 à disputa do cinturão. O importante para o talentoso Phil Davis agora é fazer o máximo de lutas neste ano para iniciar o 2014 dentre os principais candidatos ao título do cinturão.
PAT HEALY: Excelente estreia no UFC
Excelente no chão e mais conhecido por lutar no UFC, Jim Miller era favorito. Mas foi o estreante na organização, Pat Healy, que derrubou o adversário por três vezes, dominou na luta de solo e ainda aplicou um mata-leão no final do terceiro round. Desbancar o favorito à vitória superando o oponente na sua principal característica, foi um começo excelente para Healy. Tanto que a luta foi eleita a melhor melhor do evento e o americano ainda levou o prêmio de “Finalização da Noite”. Foi a única surpresa do evento.
Caro Daniel, parabéns pelas análises, realmente muito sensatas. Ademais o Roy Nelson é um show a parte, vem na contra mão dos atléticos lutadores do UFC. A luta com o Cornier vai ser realmente engraçada e sem dúvidas, de muitas emoções.