Divulgação / UFC

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“Treinei sete meses para essa luta, e a verdade é que eu não quero nunca mais deixar a decisão nas mãos dos juízes. Aprendi isso na luta contra Clay Guida, quando fui lutar wrestling com ele e deixei na mão dos juízes”. As palavras de Anthony Pettis na coletiva após o UFC 164 revelam que, independente da estratégia traçada para cada luta, o pensamento de demonstrar suas habilidades e vencer o quanto antes passou a ser prioridade. E, deixando de lado a famosa atuação “com o regulamento embaixo do braço”, o “Showtime” venceu quatro lutas após a citada derrota para Guida, sendo três delas ainda no primeiro round. O talento de Pettis é reconhecido em cada atuação e não foi diferente na madrugada de ontem, ao finalizar Ben Henderson e garantir o cinturão dos pesos-leves do UFC.

Quando a luta foi autorizada, Henderson teve a atitude que é esperada de um campeão. Tomou a iniciativa e partiu para cima de Pettis. A estratégia era não deixar o adversário encontrar a distância, evitar a trocação e pressioná-lo desde o início. O plano era bom, mas funcionou por pouco tempo, Pettis se livrou da pressão, emplacou uma sequência de quatro chutes fortes no corpo do campeão, improvisou um chute que não deu certo e que levou os atletas ao chão. Não demorou para que o desafiante surpreendesse o novo faixa preta de jiu-jitsu com uma chave de braço e conquistasse o título da categoria.

Pettis alcançou a sua quarta vitória seguida, ampliando o cartel para 17 triunfos e somente duas derrotas. Atuando em casa, o novo campeão teve o apoio do público de Milwaukee, ao qual agradeceu após quebrar a invencibilidade de sete lutas de Benson na organização. “Vocês fizeram quem eu sou hoje. Hoje eu sou o campeão dos leves”, e levantou ainda mais os torcedores com o novo alvo. “José Aldo, nós temos negócios inacabados. Meu cinturão ou o seu”.

Pettis e Aldo se enfrentariam na luta principal do UFC Rio 4, mas uma lesão no joelho do americano cancelou o combate. O brasileiro acabou duelando contra o “Zumbi Coreano” e mantendo o cinturão dos penas. O duelo entre campeões faria sentido e o UFC teria lucro garantido, mas Pettis machucou o joelho no combate contra Henderson e a tentativa de já agendar a possível luta contra Aldo foi freada pelo presidente do UFC.

“O joelho do Pettis estalou durante a luta. Então, não faz sentido falarmos sobre a próxima luta”, disse Dana White. O lutador fará uma ressonãncia para saber quanto tempo ficará afastado do octógono. Enquanto isso, Pettis pode descansar tranquilo com o novo cinturão. Pelas atuações e bom momento que vem vivendo, é esperado que fique com ele por muito tempo.

Josh Barnett x Frank Mir

Josh Barnett não tomou conhecimento e venceu Frank Mir ainda no primeiro round. O “assassino com cara de bebê” partiu para cima do adversário, levou vantagem na trocação e nocauteou o oponente no seu retorno ao UFC após 11 anos. Mir demonstrou insatisfação com a interrupção do juiz, mas, pelo ímpeto de Barnett e pelo desenvolver da luta, seria difícil imaginar outro resultado senão a terceira derrota consecutiva do americano no UFC. Josh Barnett venceu, convenceu e garantiu atentos olhares do público e o UFC na sua próxima atuação.

Chad Mendes x Clay Guida

Guida subiu ao octógono incansável como sempre. Se movimentando bastante, deu trabalho para seu adversário. Mas Mendes acertou mais golpes em pé e derrubou Guida por diversas vezes. Acertou o alvo em constante movimento e conquistou sua vitória. Triunfo que enche o americano de moral e deve ganhar uma disputa de cinturão em breve.

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Bruno Balacó

Jornalista esportivo do Grupo de Comunicação O POVO. Redator do site de esportes do jornal O POVO (Portal Esportes O POVO) e repórter do caderno de esportes do O POVO. Comentarista esportivo da Rádio O POVO/CBN, da TV O POVO e titular blog Gol e do blog Clube da Luta do O POVO Online

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