Faltando menos de 20 dias para o encontro valendo o título dos meio-pesados, o campeão Jon Jones e o desafiante Daniel Cormier esquentaram ainda mais o clima do combate. Os dois não demonstraram arrependimento do ocorrido em outubro passado, quando protagonizaram uma confusão generalizada após uma encarada em um evento promocional da organização. O Ultimate divulgou nesta terça-feira, 17, uma entrevista realizada com a dupla durante o UFC on Fox 13, no último sábado, 14.
O repórter Joe Rogan iniciou o bate-papo com os atletas questionando a confusão provocada por eles. “Sabe, creio que faria de novo. Estive em muitas encaradas e nunca tinham agarrado minha garganta. Ele segurou e tive de agir para mostrar que não posso deixar que isso aconteça”, respondeu Jones.
O desafiante não ficou por baixo e revidou. “Se soubesse que me atacaria, é provável que o golpearia na cabeça, em vez de simplesmente empurrá-lo para longe de mim”, retrucou Cormier.
Mais um episódio entre Jones e Cormier para deixar claro que não aprenderam com o erro em outubro. Na época, Dana White amenizou a briga e disse que a culpa foi da própria organização. Ficou óbvio que o mais importante é promover a luta. Mas, quem perde com tudo isso é o esporte e o discurso vago de disciplina que cai por terra com atitudes como essa.
Alguém esqueceu disso?
Sempre curti e continuo apoiando os atletas irreverentes e provocadores. Porém, como já levantei essa bola em outro post, provocar é válido, o que não vale é o exagero – fato que ocorreu entre Jones e Cormier.
O discurso do esporte e da evolução do UFC, que tanto a organização batalhou para fugir da comparação com “rinhas de galo”, é totalmente esquecido quando aparecem lutadores como Jones e Cormier para montar o circo.
O MMA precisa de lutadores como Fabrício Werdum, que soube vender sua luta no México, sem o principal atleta do país, com irreverência e bom humor. Já abordei essa questão em outra publicação: as artes marciais mistas precisam de mais ‘Werdums’.
Veja o vídeo da entrevista:
[youtube]http://youtu.be/C1SlWCfOXUc[/youtube]
Pra mim é válido, no boxe já teve de tudo em encaradas, pré luta e pós luta. E mesmo assim é considerado um esporte nobre. Depois que o UFC popularizou o MMA começou a aparecer os bonzinhos demais e que tudo tem e deve ser combatido, para não parecer que o esporte é violento. Qualquer esporte de luta é um esporte violento, não venham me dizer que levar um soco na cabeça, um chute no estômago ou ser arremessado no chão e depois que a luta termina e foi tudo um espetáculo e não teve agressão é besteira.
Fala, Ademir, tudo bom? Camarada, obrigado pela sua opinião. Só acho que a luta tem que ser dentro do octógono ou do ringue (no boxe), e não fora deles. Abraços.
Mas uma apimentada muitas vezes vale a pena. Com essa “confusão” entre os dois com certeza a audiência aumentará e muitas pessoas que não se interessam tanto pelo MMA vai querer ver essa luta.