Thomas Almeida faz seu segundo duelo no UFC contra o canandense Yves Jabouin | Foto: Felipe Fiorito

Thomas Almeida faz seu terceiro duelo no UFC contra o Brad Pickett, no UFC 189 | Foto: Felipe Fiorito

As duas primeiras atuações de Thomas Almeida no UFC encheram os olhos dos fãs e impressionaram a organização. Com dois triunfos e dois bônus, sendo um de luta da noite e outro de melhor performance, na bagagem, o paulistano ganhou moral e foi escalado para um dos cards mais importantes do ano. No dia 11 de julho, ele enfrenta, na categoria peso-galo (até 61,2kg), o experiente Brad Pickett, no UFC 189, em Las Vegas, no mesmo dia em que José Aldo defende seu cinturão contra o irlandês Conor McGregor. Uma escalada rápida para um atleta que há pouco mais de sete meses ainda era estreante.

No último dia 25 de abril, Thominhas alcançou a 18ª vitória em 18 lutas na carreira, ao nocautear, ainda no primeiro round, o experiente Yves Jabouin, no UFC 186. A performance impressionou e ele já entrou no Top 15 do ranking da categoria. Agora, é hora de realizar mais um sonho: o de lutar em Las Vegas, a “capital” do UFC, no histórico MGM Grand Arena.

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“Estão depositando uma confiança grande em mim e isso só me inspira para trabalhar mais. Se eles me botaram para lutar de novo é porque gostaram do meu trabalho e eu tenho que ir lá e dar show, fazer o que esperam de mim. Logo após a última luta, eu falei que tinha o sonho de lutar em Vegas. O MGM Grand Arena já recebeu lutas históricas e me sinto muito privilegiado por poder atuar lá. Além disso, será um evento extraordinário com duas disputas de título, e independente do resultado, quero fazer uma luta marcante com o Pickett para mostrar que eles podem confiar em mim como um grande nome da categoria”, garante Thomas Almeida.

Adversário de Thomas, o experiente Brad Pickett tem uma vasta história no MMA, com 36 anos, 24 vitórias e dez derrotas no cartel. O “One Punch” (“Um soco”, em inglês) já derrotou o atual campeão peso-mosca (até 56,7kg) Demetrious Johnson, em 2010, no extinto WEC, e luta no UFC desde a incorporação de seu antigo evento, em 2011. Na ocasião, foi derrotado pelo brasileiro Renan Barão entre os galos, fez mais cinco embates e desceu para os moscas. Com uma vitória e duas derrotas seguidas, decidiu subir de peso de novo.

“Eu já vi algumas lutas dele e sei que tem um boxe muito bom, bem alinhado” analisa. “O jogo de quedas visando trabalhar o ground and pound também é um ponto forte do Pickett. Vou tentar manter a luta em pé, onde me sinto seguro, e buscar mais um nocaute”.

A expectativa, em caso de nova vitória expressiva, é a de entrar na lista dos melhores da categoria. “Espero que possamos fazer mais uma grande luta e, quem sabe, ganhar outro prêmio, mas dessa vez o desafio vai ser maior porque o card só tem ‘lutão’. Quero estar entre os melhores e entrar no top 10 é o próximo passo para provar para mim mesmo que estou apto a chegar longe no UFC”, projeta.

A proximidade entre o último e o próximo duelo não é visto como um problema para Thomas. Treinando em ritmo forte novamente desde a última segunda-feira, dia 4 de maio, ele garante que já passou por situações até mais complicadas e promete descansar só após o duelo com Pickett.

“Eu já imaginava que eles iam colocar outra luta rapidamente, já que não me machuquei nem nada. Eu acho isso muito bom, faz eu me manter ativo e não vai ser a primeira vez que emendo um camp no outro, já que antes de estar no UFC eu fazia isso sempre e nunca foi problema. Agora é a hora de dar tudo de mim e o descanso eu deixo para depois da luta”, finaliza.

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Bruno Balacó

Jornalista esportivo do Grupo de Comunicação O POVO. Redator do site de esportes do jornal O POVO (Portal Esportes O POVO) e repórter do caderno de esportes do O POVO. Comentarista esportivo da Rádio O POVO/CBN, da TV O POVO e titular blog Gol e do blog Clube da Luta do O POVO Online

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