Dillashaw ergue os braços após nocautear Barão | Foto: UFC/Divulgação

Dillashaw ergue os braços após nocautear Barão | Foto: UFC/Divulgação

A semana terminou e o cinturão não voltou para o Brasil. TJ Dillashaw foi superior ao potiguar Renan Barão e o nocauteou novamente. Os últimos dias movimentaram o cenário do MMA, com a revanche entre os pesos galos do UFC, a polêmica entre Amaury Junior e Jonas Bilharinho, a nova ‘gafe’ envolvendo os uniformes do UFC e as expectativas para combates animadores no mês de agosto.

Deixando de papo furado, chegamos a mais um Boletim Semanal! Se você está por fora do que rolou nos últimos dias, é hora de se atualizar!

Barão dominado
O brasileiro tentou surpreender TJ no início do round, com agressividade, mas não conseguiu se impor diante da velocidade e movimentação do americano. A agilidade do campeão impossibilitou o jogo do potiguar na trocação. Enquanto Renan jogava golpes no vazio, Dillashaw encaixava a maioria e minava o gás do adversário. Já cansado, Barão buscou quedar o atleta da Alpha Male em algumas oportunidades, que foram evitadas com certa facilidade pelo detentor do cinturão. No quarto round, Dillashaw aumentou a pressão e nocauteou o pupilo da Kimura/Nova União.

Dana White já sugeriu Renan subir de categoria. O “gigante” potiguar para divisão até 61 kg poderia ficar mais ágil no peso de cima. O principal ponto para refletir da revanche contra Dillashaw é a trocação na curta distância. Barão poderia ter evitado o infight nos rounds iniciais, com chutes frontais e movimentação no octógono. O brasileiro acabou virando presa fácil para o rápido TJ.

Dillashaw: rei dos galos
O domínio do americano nas duas lutas contra Barão, que até a primeira luta entre eles era cotado como um campeão para bater recordes de defesa de cinturão, nos leva a crer que TJ pode reinar por anos na categoria. Raphael Assunção, número 3 do ranking, não tem a fórmula para vencer Dillashaw. O pernambucano já venceu o americano em 2013, por pontos, em decisão bastante contestada. Eu não vi vitória de Assunção naquele encontro. Dominick Cruz, número 2, é o atleta com jogo semelhante ao do campeão e pode dificultar a vida do garoto ‘Alpha Male’, mas sofre demais com as lesões seguidas. Não sei se Cruz ainda é o mesmo depois de tantas contusões.

Sem ‘salvador da pátria’
Depois da derrota de Anderson Silva, a maioria dos fãs procurou rapidamente o sucessor ou o vingador da derrota do ‘Spider’. Lyoto Machida e Vitor Belfort foram colocados como os ‘salvadores da pátria’ para parar o ‘carrasco de brasileiros’, Chris Weidman. Agora, todas as esperanças para destronar o americano foram jogadas para Ronaldo Jacaré.

Thominhas mostrou coração para vencer o combate. Foto: UFC/Divulgação

Thominhas mostrou coração para vencer o combate contra Brad Pickett. Foto: UFC/Divulgação

O mesmo movimento pode ser levado para a categoria dos galos. Depois da derrota de Barão, o nome de Thomas Almeida já foi colocado como o ‘cara’ para bater Dillashaw, além das citações a Raphael Assunção. O pupilo de Diego Lima, da Chute Boxe, vem empolgando com suas apresentações agressivas dentro do cage. O paulista tem todas as ferramentas para chegar ao topo. Espero que o processo de evolução no UFC aconteça sem pressa. A paciência pode render bons frutos ao Thominhas.

Barboza
Ainda no UFC em Chicago, Edson Barboza voltou a vencer. Luta de alto nível técnico entre o brasileiro e o americano Paul Felder. O carioca de Nova Friburgo tem tudo para ir longe no Ultimate. Teve duas derrotas que frearam a trajetória por uma chance ao título, nos encontros com Donald Cerrone e Michael Johnson. A vitória diante de Felder marca uma nova caminhada do peso leve da equipe Ricardo Almeida Jiu-Jítsu/Valor Martial Arts.

Uniformes Reebok
No UFC em Chicago, Elizabeth Phillips acabou mostrando demais usando o uniforme da Reebok, bastante contestado no mundo das lutas. Tentando se defender dos ataques de Jessamyn Duke, no solo, o top usado por Phillips subiu e o seio da atleta ficou à mostra.

Elizabeth Phillips mostra demais no UFC em Chicago | Foto: Bloody Elbow

Elizabeth Phillips mostra demais no UFC em Chicago | Foto: Bloody Elbow

Desde o lançamento, a Reebok, fornecedora de material esportivo do UFC, acumula gafes e críticas. Após a primeira exibição dos uniformes, a loja virtual da marca apresentou camisetas de atletas com nomes errados. As opiniões negativas vão desde questões financeiras a aparência. “Ficou uma m****, né? Mas fazer o quê? Sabemos que é uma empresa privada, todos têm contrato. Não achei bonito, todos têm um estilo e isso deveria ser respeitado. Não posso fazer nada, só falar. Temos de aceitar. Somos os Power Rangers”, disse José Aldo sobre as peças da marca.

Combates animadores
A ‘Cidade Maravilhosa’ está prestes a receber mais uma edição do Ultimate. O UFC 190 promove o duelo entre Ronda Rousey e Bethe Correia, válido pelo cinturão dos galos, e a revanche entre Maurício Shogun e Rogério Minotouro, neste sábado, 1º. Além disso, os fãs vão conferir o retorno de Rodrigo Minotauro contra Stefan Truve e os finalistas do TUF Brasil 4.

Novo Shogun?
Estou ansioso para ver como Maurício Shogun vai se comportar diante de Minotouro. O curitibano voltou a treinar com Rafael Cordeiro, técnico de Maurício em sua época de ouro. Cordeiro é líder da equipe Kings MMA e responsável pelas mudanças de Fabrício Werdum e Rafael Dos Anjos, que se tornaram campeões do UFC.

Amaury x Bilharinho
Um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, nos últimos dias, foi a troca de farpas entre Amaury Junior, campeão do Limo Fight, e Jonas Bilharinho, ex-campeão do Jungle Fight. A rivalidade entre eles nasceu após a vitória de Amaury diante de Jefferson Rodrigues, que havia treinado com Jonas, em Fortaleza, antes do confronto no Limo Fight. Bilharinho contestou o resultado do combate e desafiou o potiguar.

“Primeiro, o Amaury não ganhou a luta. Os únicos resultados possíveis eram empate ou vitória do Jefferson, já que o Amaury teve um ponto reduzido. Fiquei tão irritado com essa decisão que resolvi ali mesmo desafiá-lo para o próximo combate”, disse Bilharinho. “Achei ele um babaca. Fiz o meu trabalho, todos viram que a vitória foi minha. Não tem que estar contestando. Quem quiser tomar o meu cinturão, pode vir tentar”, respondeu Amaury.

Amaury x Bilharinho no acordo verbal
Após a troca de farpas, os fãs já demonstraram o interesse por esse duelo. O presidente do Limo Fight, Gean do Vale, me confirmou o desejo de promover essa batalha e revelou que o duelo está acordado verbalmente com os atletas. “Sim, o Bilharinho fez o desafio e como organizador acatamos. Só que não definimos datas”, contou Gean.

Faltam 18 dias
Esse é o tempo que falta para o BKF 5. O evento está marcado para o dia 14 de agosto, no ginásio do Náutico, em Fortaleza. Entre as principais atrações do card, estão Andrezinho Nogueira, que defende o cinturão dos penas contra Paulo Magrão; Carlos Índio defendendo o cinturão dos meio-médios diante de Elder Lara; e Mário Pimba defendendo o título dos leves contra João Paulo Santos.

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Bruno Balacó

Jornalista esportivo do Grupo de Comunicação O POVO. Redator do site de esportes do jornal O POVO (Portal Esportes O POVO) e repórter do caderno de esportes do O POVO. Comentarista esportivo da Rádio O POVO/CBN, da TV O POVO e titular blog Gol e do blog Clube da Luta do O POVO Online

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