O lance é espantar a zica, porque 2017 vem sendo um ano difícil para os brasileiros no UFC. Este ano, o País amargou derrotas nas quatro disputas de título que participou, com as derrotas José Aldo (perdeu cinturão do peso-pena), Wilson Reis (peso-mosca), Jéssica Bate-Estaca (peso-palha feminino) e Júnior Cigano (peso-pesado). Neste sábado (29), na badalada edição 214, em Anaheim (EUA), o Brasil tem oportunidade única de quebrar esse jejum e faturar dois cinturões de uma tacada só.
Na divisão dos meio-médios, o paulista Demian Maia encara o atual campeão da categoria, o americano Tyron Woodley, no co-evento principal da noite. Esta é a segunda vez que o brasileiro disputa um título. Em 2010, enfrentou e perdeu por pontos para Anderson Silva na luta pelo cinturão dos médios. Mais maduro (39 anos) e vivendo a melhor fase na carreira, ele aposta todas as suas fichas no seu jiu-jitsu refinado para surpreender Woodley e colocar o País no topo da categoria pela 1ª vez na história.
Quem também sobe ao sobe ao octógono em busca de um título inédito é Cris Cyborg. A paranaense, que já foi campeã de outras duas organizações (Strikeforce e Invicta FC), enfrenta a americana Tonya Evinger pelo cinturão dos pesos-penas feminino. Invicta há 18 lutas e embalada por duas grandes vitórias por nocaute, Cyborg ostenta o maior favoritismo de todo o card do UFC 214, que é capitaneado pela disputa de cinturão dos meio-pesados entre Daniel Cormier e Jon Jones.
Se confirmadas, as vitórias de Cris e Demian voltariam a colocar o Brasil em posição de destaque no UFC, com três títulos. Atualmente, o País conta apenas com o cinturão dos pesos-galos feminino de Amanda Nunes, que tem defesa de cinturão marcada para 9 de setembro, contra Valentina Shevchenko, no UFC 215.
Atualmente, os Estados Unidos ocupam a posição de hegemonia, com seis campeões. Em seu melhor momento na organização, em 2012, o Brasil chegou a liderar quatro categorias, com Renan Barão, Júnior Cigano, José Aldo e Anderson Silva.
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