O ano começou com uma prova surpresa, anunciada às pressas, mas do jeito que o corredor gosta. Com preço baixo e um trajeto diferente. As vagas para a 34ª Corrida do Fogo, disputada no último domingo (14) foram preenchidas em pouco mais de duas horas. Também, a R$ 10 mais a doação de uma lata de leite, atraíram gente que trocou rápido o pré-carnaval pelos 7,5 km das ruas da Jacarecanga.

Tradicionalmente a Corrida do Fogo é uma daquelas provas que sempre apresenta problemas com fornecimento de água para os corredores e na falta de segurança durante o percurso com os carros. Desta vez, no entanto, até que tudo funcionou a contendo. Tinha bastante água nos dois postos de hidratação e na chegada, o que foi importante diante do forte calor, mesmo com a largada pontual às 6h30min.

Com os carros dessa vez os problemas foram melhor contornados. Motos da AMC acompanharam os corredores, principalmente aqueles que ficam no grupo final e ninguém sofreu ameaças de atropelamento. Tirando a má educação conhecida dos nossos motoristas, mostrada pelas constantes buzinadas, o staff deu conta muito bem do recado.

Na parte técnica, as ladeiras judiaram daqueles que exageraram no reveillon ou no pré-carnaval. Foram cerca de quatro, sendo a última, na avenida Philomeno Gomes, ao lado da Marinha, a mais cruel. Duzentos metros no final da prova, com o sol rachando, foi desafiador. Pouco antes, a subida da nova areninha do Pirambu, também exigiu algo a mais dos mais de mil participantes.

Por ser uma prova rápida, a chegada ficou meio tumultuada, com filas se formando para receber a medalha e o kit de hidratação final – água, banana e laranja – 20 metros após passar o pórtico final. Pode ser corrigido. Outro pequeno ajuste é na localização dos postos de entrega da água. Colocá-los bem na curva de retorno, causou engarrafamento e uma pequena confusão. Decididamente não foi uma boa ideia

A Corrida do Fogo, enfim, foi um bom começo para uma temporada que promete mais de 100 provas em todo o Estado. Haja pernas e bolso para enfrentar taxas que já superam exagerados R$ 100.

Texto e fotos: Paulo Rogério

 

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Paulo Rogerio

Jornalista, 59 anos, corre há 12. É autor da fanpage e instagran Corrida de Rua no Ceará. Foi editor de Esportes, Cidades e Economia, e ombudsman do O POVO. Titular da coluna impressa Corrida de Rua por três anos , também no O POVO. Atuou ainda como Colunista no site Globo Esporte @corridaderuanoceara

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