Quando escrevi sobre o show do Green Day em Brasília decidi ser precavido. Antes de criticar o show que não havia sido tão bom quanto eu esperava, parei e pensei que muita gente nova (os fãs novos) gostaram. E, de fato, para os novos, o show foi bom, já que foi baseado no último – e ruim – álbum da banda.

O problema é que os show vão passando e o Green Day vai mostrando um tremendo desrespeito com fãs de distintas cidades.

Em Brasília, Billie Joe havia dito que este estava o melhor show da banda na turnê brasileira. Quando o fã subiu no palco e cantou uma música, o mesmo vocalista soltou que havia sido “o fã mais louco que conhecera”.

Eis que nas cidades seguintes ele faz o mesmo. Diz que o fã que subiu era o mais louco que conhera. E que o show de São Paulo fora o melhor da turnê.

Isso sem contar no set list e na duração do show na capital paulsita. Com três horas de duração, o Green Day tocou 37 músicas. Foram 8 músicas a mais do que em Brasília, por exemplo. Qual o critério?

Nenhum. Talvez a relevância da cidade em cenário nacional e internacional. Como se os fãs de São Paulo fossem mais fãs do que os de Brasília ou Porto Alegre. Não são. E pagaram até mais.

Já na Argentina, segundo o portal Terra, Billie Joe abriu a boca pra dizer que o público argentino é melhor que o brasileiro. E que o show que fizera lá era o melhor da história.

E assim as bandas se desfazem de admiradores.