Quase no apagar das luzes de 2011, duas veteranas da música brasileira lançam seus novos trabalhos pelo selo Discobertas. Paulista de Juquiá, Edith Veiga volta com Edith Canta Lupicínio, tributo ao mestre gaúcho da dor de cotovelo Lupicínio Rodrigues. Com sua voz rouca e segura, ela emenda um repertório de clássicos como Nervos de aço, Vingança, Ela disse-me assim, e deixa de lado a parte menos conhecida (e também muito boa) do compositor. Sucesso dos programas de rádio da década de 60, a cantora andava fora dos holofotes há algum tempo. Nesse retorno, ela já tem datas marcadas em São Paulo para um show baseado no disco novo, mas relembrando também seus grandes momentos. A outra veterana é Claudette Soares, que está lançando o ao vivo A Dona da Bossa. Com um timbre mais agudo que o de costume, ela faz bonito na interpretação de 14 canções ao lado de um trio da baixo, piano e bateria. Surgida no auge da Bossa Nova, Claudette ficou conhecido pelo molho moderno que jogava sobre suas canções. E é com essa bossa que ela apresenta Abre alas (Ivan Lins/ Vitor Martins), Baião (Luiz Gonzaga/ Humberto Teixeira), Mancada (Gilberto Gil) e um pot-pourri de Jorge Ben.

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Marcos Sampaio

Jornalista formado pela Universidade de Fortaleza e observador curioso da produção musical brasileira. Colecionador de discos e biografias. Admirador das grandes vozes brasileiras.

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