Por Camila Holanda (@camilasholanda)

No mês em que Nara Leão completaria 70 anos, a família da cantora colocou no ar um site  que organiza dados sobre a vida e a obra dela. Nele está uma compilação de fotos, discografia, documentos, cronologia e um material inédito que vai de fotografias a provas da faculdade de Psicologia.

O canal “Discografia” do site merece destaque. Ao abrir, o internauta pode passear pelos 22 álbuns lançados por Nara de 1964 a 1989. Além do áudio das canções, pode-se ler ficha técnica, textos dos discos e as letras de todas as canções, menos de uma.

A única gravação que ficou de fora foi E que tudo mais vá pro inferno. Originalmente, a música estava no disco homônimo de 1978, que teve o repertório todo de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. A música não entrou, porque Roberto, muito surpesticioso, na década de 1980, parou de cantá-la por implicância e não quis mais autorizar gravações da música.

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Dentre as diversas parcerias de Nara, a com o cearense Fausto Nilo ficou registrada no disco Romance Popular. O projeto foi feito pelos dois ao lado de Fagner, que também tem letras gravadas no disco e canta a música Traduzir-se, poema de Ferreira Gullar musicado por ele. Deve-se ressaltar a composição Marinheira, de Fausto e Fernando Falcão, interpretada com toda a elegância de Nara.

Em 1989, ano em que lançou seu último disco (My Foolish Heart), aos 47 anos, Nara morreu de forma prematura, em decorrência de um tumor cerebral que não podia ser operado. O ano de 2012 marca os 23 anos da morte e os 70 de idade que ela completaria se viva estivesse. Porém, o legado de Nara vai muito além destes anos que já se passaram.

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Marcos Sampaio

Jornalista formado pela Universidade de Fortaleza e observador curioso da produção musical brasileira. Colecionador de discos e biografias. Admirador das grandes vozes brasileiras.

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