Para muita gente, a Bossa Nova se resume a uma santíssima trindade formada por Tom Jobim (1927 – 1994), João Gilberto e Vinícius de Moraes (1913 – 1980). Uma injustiça a tantos outros grandes mestres que ajudaram a elastecer a famosa batida e às grandes vozes que, misturando outras linguagens, fizeram a bossa ser reconhecida no mundo. Segue abaixo uma pequena lista de nomes que fizeram e fazem história mostrando o que de melhor o Brasil tem para mostrar ao mundo.

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> Em 1961, Sylvia Telles lançou o disco Sylvia Telles U.S.A, gravado ao lado de Barney Kessel, Bill Hitchcock e Calvin Jackson. Na capa, eles são apresentados como “os maiores azes da música popular americana”. Inéditos no Brasil, os discos The face I love e The wonderful songs of Antonio Carlos Jobim foram relançados pela Universal nos mercados europeu e japonês. Este último, por sinal, é o primeiro tributo feito por um intérprete ao “Maestro Soberano”.

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> No dia 2 de agosto de 1962, Pery Ribeiro foi à boate Au bon gourmet, em Copacabana, assistir o show que reuniu Tom, Vinicius, João Gilberto e Os Cariocas. Na plateia, ele ouviu uma música, ainda desconhecida, e logo se encantou. No dia seguinte, correu para grava-la, antes que alguém o fizesse. Nem chegou a pedir autorização aos compositores. Era Garota de Ipanema.

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> Outro momento inesquecível da vida de Agostinho dos Santos aconteceu quando Johnny Mathis veio ao Brasil para conhecê-lo. O encontro aconteceu em 1964, na TV Excelsior. Notadamente nervoso, Mathis divide com Agostinho um trecho de Manhã de Carnaval. Apesar de ser reconhecido como uma das grandes vozes brasileiras, o crooner paulista dedicou seus últimos anos a solidificar a carreira internacional.

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> Wanda Sá estudou violão com Roberto Menescal e foi uma de suas melhores alunas. Pois coube ao professor a produção do disco de estreia da cantora, que contou ainda com arranjos de Eumir Deodato. Já nos EUA, ela assinava como Wanda de Sah num disco descrito como “a melhor novidade da América do Sul depois do café”.

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> Baden Powell pode, facilmente, ser apontado como o maior violonista brasileiro. Músico autodidata, ele fundiu as tradições da música erudita com o samba e o candomblé num mistura que não tinha precedentes. Apesar de ter se profissionalizado cedo, sua música ficou famosa depois que engatou uma frutífera parceria como Vinícius de Moraes. Prestigiado nos palcos europeus, ele morou muito tempo na França, onde teve os filhos Marcel e Philippe.

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> Embora não seja uma bossanovista de berço, Joyce Moreno já prestou bons serviços ao estilo criado por João Gilberto. Violonista de mão cheia, ela adotou uma linha sambossajazzística que faz fama no mundo. Seu trabalho é tão bem recebido no Japão, por exemplo, que ela não pode ir ao supermercado sem dar um monte de autógrafo.

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Marcos Sampaio

Jornalista formado pela Universidade de Fortaleza e observador curioso da produção musical brasileira. Colecionador de discos e biografias. Admirador das grandes vozes brasileiras.

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