VITROLLA-70-by-DIVULGAÇÃO-3Dos anos 1990 até o início deste século, uma geração de compositores recriou a batida do samba-rock em discos cheios de suingue. Reverenciando Jorge Ben, Max de Castro (Samba raro), Simoninha (Volume 2), Fernanda Abreu (Da lata) e Funk como le Gusta (Roda de funk) são alguns desses nomes que pegaram as bases do rei do suingue e criaram uma nova história olhando para a a frente. Com alguns anos de atraso, o Vitrolla 70 busca fazer o mesmo do disco Rock Samba Style.

Formado em 2009 pelos músicos Mateus Machado (percussão), Dadá Soul (teclado) e photoRodrigo Santos (contrabaixo), a banda reuniu um repertório autoral feito para animar bailes e botar os casais para dançar junto. Acrescentando sopros, percussão e vozes convidadas, o trabalho remete imediatamente ao som de Bebeto, espécie de filho mais romântico de Jorge Ben.

Diferente daquela geração de décadas atrás, o Vitrolla 70 prefere ser bem fiel à cartilha e reproduzir as ideias do compositor de A beleza é você, menina e Minha preta. Logo na faixa de abertura, o Vitrolla 70 entrega seu recado: “Imagens daquela época, o som, tudo nos inspira. E a vontade é fazer que nunca se acabe não”. Essa vontade de ser tão fiel impede Rock Samba Style de decolar. O que não impede o trio de apresentar boas ideias, como Swinga, um show de groove.

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Marcos Sampaio

Jornalista formado pela Universidade de Fortaleza e observador curioso da produção musical brasileira. Colecionador de discos e biografias. Admirador das grandes vozes brasileiras.

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