zeca-baleiro-divulgacaoEm meio a dezenas de projetos, expectativas e lançamentos, Zeca Baleiro ainda encontrou tempo para dividir o palco com Zélia Duncan, numa turnê que passa este fim de semana por Fortaleza. O maranhense também encontrou tempo para responder algumas perguntas do DISCOGRAFIA. A seguir.

DISCOGRAFIA – O que lembra do dia em que você e Zélia Duncan se conheceram?
Zeca Baleiro – Foi nos bastidores do programa Altas Horas, há mais de 10 anos. Nos apresentamos e viramos amigos de infância rs.

DISCOGRAFIA – Quando foi a primeira vez que pisaram num palco juntos?
Zeca Baleiro – Foi em Salvador, num projeto em que um artista convidava o outro. A Zélia me convidou e fiquei muito feliz. Cantamos cinco músicas juntos.

DISCOGRAFIA – O que você mais admira no trabalho da Zélia?
Zeca Baleiro – A Zélia é ótima melodista, canta lindamente, compõe canções leves e amorosas, boas de ouvir, sempre. Tá sempre em busca do poético, do original, do inusitado.

DISCOGRAFIA – O que existe de comum e de mais diferente na personalidade de vocês?
Zeca Baleiro – De comum o gosto pela diversidade. Gostamos de muitos gêneros de música, sem distinção. O de mais diferente é que ela é esportista, corredora, e eu sou boêmio, embora dê meus piques também (mas por outras razões rs).

DISCOGRAFIA – Qual seu disco preferido da Zélia Duncan? Por que?
Zeca Baleiro – Gosto muito de Eu me transformo em outras (2004), Pré-pós-tudo-bossa-band (2005) e Pelo sabor do gesto (2009), embora não desgoste de nenhum. Esses são muito inspirados.

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=VarB3lqJMaE[/youtube]

DISCOGRAFIA Nesse show juntos, vocês apresentam algumas parcerias inéditas. Como nasceu sua primeira parceria com a Zélia?
Zeca Baleiro – Depois desse show de Salvador, começamos a trocar letras e melodias. Assim começou.

DISCOGRAFIA – Como nasceu essa parceria com o Galvão?
Zeca Baleiro – Ele é meu parceiro em duas outras canções e me mandou uma letra bem no momento em que eu e a Zélia ensaiávamos pra estrear este show. Aí mostrei pra ela, ela curtiu, deu o start e nasceu Fox baiano, a nossa parceria a três.

DISCOGRAFIA – Além das canções de vocês, esse show tem uma série de canções de outros artistas. Como foi feita essa seleção? Ela deve mudar ao longo da turnê? É possível você citar uma escolha sua em particular e por que quis cantá-la?
Zeca Baleiro – Foi feita a partir do repertório afetivo. Ela já mudou e deve continuar mudando. Lá estão Riachão, Antonio Carlos e Jocafi, Erasmo Carlos. Preferida? O amor é velho e menina, do Tom Zé.

DISCOGRAFIA – Vocês são colegas de uma geração que apresentou artistas como Ana Carolina, Adriana Calcanhotto, Chico Science e muitos outros. O que essa turma ofereceu de mais importante para a música brasileira?
Zeca Baleiro – A diversidade, acho. A quebra de fronteiras entre os gêneros.

DISCOGRAFIA – No ano passado você lançou seu primeiro trabalho dedicado ao público infantil. O que achou da experiência? Quando cai um novo volume?
Zeca Baleiro – Foi muito divertido o processo de criação do disco e tem sido muito bacana a recepção dos pais e crianças. Antes de sair um volume 2, tô preparando um DVD com 11 animações, que deve sair até junho. Um app para celulares e tablets acaba de ser lançado.

DISCOGRAFIA – Em quase 20 anos de carreira, você já acumulou parceiros e intérpretes, participou de dezenas de projetos, escreveu livros e fez shows acústicos (inclusive só de voz e piano), com banda, com parceiros. Como você consegue dar conta de tantas ideias? O que você está reservando para 2015?
Zeca Baleiro – Como dou conta nem eu sei rs. Mas tenho um amor imenso pelo que faço e, por mais que pareça banal falar isso, faz uma grande diferença trabalhar com paixão ou não. Pra 2015 tenho o CD/DVD Chão de giz, em que canto apenas músicas do Zé Ramalho. Também tô preparando um cd em parceria com Naná Vasconcelos e Paulo Lepetit e, claro, o cd com Zélia, que vai ficar lindo, tenho certeza. Também devo estrear um programa chamado Baile do Baleiro, no Canal Brasil.

About the Author

Marcos Sampaio

Jornalista formado pela Universidade de Fortaleza e observador curioso da produção musical brasileira. Colecionador de discos e biografias. Admirador das grandes vozes brasileiras.

View All Articles