BelleandSebastianGirlsinPeacetimeWanttoDanceQuem estava ligado nas novidades musicais durante os anos 1990, certamente, lembra do Belle and Sebastian. Um dos nomes mais populares da cena indie internacional, o septeto escocês fez fama entre o público mais descolados com discos feitos de melodias doces, que contavam histórias, e algumas manias onde os fãs adoravam procurar segredos escondidos. Um deles é o fato da banda se negar a aparecer nas capas, recorrendo sempre a imagens que seguiam um padrão de desenho e cor.

Quase tudo isso foi mantido em Girls in peacetime want to dance, 10º álbum do grupo recém-lançado pelo selo LAB344. As 12 faixas do disco mantém boa parte da fofura que elevou o Belle and Sebastian ao posto de banda preferida dos garotos descolado de mais de 20 anos. Como novidade, o sucessor de Write about love chega com uma pegada mais eletrônica que emula bandas como New Order, Coldplay e Erasure. Isso garante ao repertório momentos dançantes, como Enter Sylvia Plath ou Play for today.

Em geral, nada merece destaque em Girls in peacetime want to dance. A coleção de melodias é correta e se encaixa bem nos vocais nostálgicos de Stuart Murdoch. Nem as participações especiais de Sarah Martin (The power of ove e The boo of you), Stevie Jackson (Perfect couples) e Dee Dee Penny (Play for today) chamam muita atenção. Para os fãs mais fieis, o disco vai agradar por não se afastar muito do que já era esperado. Já aqueles ouvintes que não têm muita intimidade com a banda não devem se empolgar tanto quando perceberem que, hoje em dia, fazendo esse tipo de som, já existem outras várias bandas iguais.

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Marcos Sampaio

Jornalista formado pela Universidade de Fortaleza e observador curioso da produção musical brasileira. Colecionador de discos e biografias. Admirador das grandes vozes brasileiras.

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