PauloFreire e  Levi Ramiro 2

Em Quando um Violeiro Toca, o compositor Almir Sater reafirma força do músico popular, que com sua arte faz a natureza se encher de calma e esperança. Essa força é confirmada pelo também compositor Amaro Penna, que afirma que “pra seguir um violeiro/ É preciso liberdade/ Ter a mente sem fronteiras/ Cantar sertão e cidade”. A importância e a beleza dessa viola interiorana será conferida na temporada do Sonora Brasil, que abre amanhã no Teatro Emiliano Queiroz.

Quem sobe ao palco são os paulistas Paulo Freire e Levi Ramiro. O primeiro é conhecido não só pelo seu toque no instrumento, como por ser um bom contador de causos. Do convívio com o Mestre Manelim, respeitado violeiro natural de Urucuia, Minas gerais, aprendeu mais dos sons e histórias do meio rural. Já Levi é respeitado não só por sua técnica, como também pelo seu conhecimento sobre diversos gêneros tradicionais, como o caruru e o cateretê. Ele também é conhecido por ter construído a viola de cabaça, que será tocada durante a turnê.

Projeto criado pelo Sesc, o Sonora Brasil busca chamar atenção para a diversidade musical do Brasil. Organizado anualmente em temas, ele leva para diversas cidades apresentações acústicas de artistas que, muitas vezes, transitam à margem da indústria. Em 2016, a 18ª temporada do projeto vem dividida nos temas Sonoros Ofícios – Cantos de Trabalho e Violas Brasileiras. Depois de Fortaleza, Paulo Freire e Levi Ramiro seguem para apresentações em Sobral (dia 10), Iguatu (12), Crato (13) e Juazeiro do Norte (14). As apresentações são gratuitas.

Serviço:
Sonora Brasil
Quando: amanhã, 9, às 19 horas
Onde: Teatro Sesc Emiliano Queiroz (Av. Duque de Caxias, 1701 – Centro)
Aberto ao público
Telefone: 3452 9090

About the Author

Marcos Sampaio

Jornalista formado pela Universidade de Fortaleza e observador curioso da produção musical brasileira. Colecionador de discos e biografias. Admirador das grandes vozes brasileiras.

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