Foto: Lívio Campos

Foto: Lívio Campos

DISCOGRAFIA – A primeira edição do Grande Encontro foi um marco da música brasileira, que vendeu bem e gerou vários projetos semelhantes pelo Brasil. Olhando agora em perspectiva, a que vocês atribuem esse sucesso todo?
Elba – Creio que a simples reunião de quatro grandes artistas, por si só, já seria um grande atrativo. E a nossa reunião foi realmente muito especial, são quatro artistas completamente diferentes que decidiram compartilhar o palco juntos.

DISCOGRAFIA – No mesmo ano de 1996, quando vocês lançaram o primeiro Grande Encontro, você, Zé e Geraldo lançaram disco solo, e Alceu lançou no ano seguinte. Como foi pra vocês conciliar a carreira solo com o imenso sucesso do projeto coletivo?
Elba – De minha parte se deu de forma muito natural. O meu disco Leão do Norte foi um grande sucesso de público e crítica. O momento era propício, acredito que o sucesso do projeto colaborou para os nossos projetos individuais.

DISCOGRAFIA – O segundo disco do grande encontro veio em 1997, gravado em estúdio. Como ele não teve o mesmo sucesso do anterior, como vocês vêem esse disco hoje? Será que não foi muito cedo para ser gravado?
Elba – De fato não teve o mesmo sucesso, mas foi um disco que nos rendeu disco de Ouro e de Platina. Repetir o êxito do primeiro trabalho seria muito difícil, e talvez tenha sido muito cedo sim. Mas era o tempo das gravadoras que acabavam se impondo sobre os artistas.


DISCOGRAFIA – Uma das gratas surpresas do Grande Encontro original é ter os quatro participantes tocando violão. Você inclusive, mais reconhecida pela (ótima) voz e pouco vista de violão em punho. Esse momento de sonoridade acústica e mais informal permanece no novo show?
Elba – Não… Embora eu toque violão ao cantar Chão de Giz, neste novo projeto estamos amparados por uma super banda. O que traz mais liberdade, mais modernidade e um repertório arrebatador.

DISCOGRAFIA – O terceiro volume foi um show muito divertido, com sonoridade acústica que remete muito (pelo menos pra mim) ao que é a base da música nordestina. O novo encontro de vocês, que chega este fim de semana a Fortaleza, usa instrumentos elétricos. O que vocês querem apresentar nesse show, que traz uma nova sonoridade ao projeto?
Elba – Queremos celebrar os 20 anos de um momento marcante nas nossas carreiras. Enquanto artistas, certamente evoluímos, mas somos os mesmos. Minha trajetória está presente em tudo o que eu canto. Minha proposta é bem clara: “Raízes e Antenas”. O regional, pode ser moderno e universal.

DISCOGRAFIA – Existem elementos comuns e outros bem particulares nas carreiras solo de vocês. Em termos de música, tem as influencias nordestinas, mas também a psicodelia, o rock e o pop. O que existe de mais forte em comum entre vocês?
Elba – Talvez o DNA nordestino, cada um tem suas influências, mas somos artistas brasileiros que cantam ritmos essencialmente nordestinos. E o fazemos com muito orgulho.

>> Logo mais tem também as impressões de Geraldo Azevedo sobre este reencontro

Serviço:
O Grande Encontro
Quando: hoje, 3, às 21 horas
Onde: Centro de Eventos (av. Washington Soares. 999 – Água Fria)
Quanto: R$ 120 (arena – inteira) e R$ 60 (arena – meia). demais setores esgotados
Telefone: 3033 1010

About the Author

Marcos Sampaio

Jornalista formado pela Universidade de Fortaleza e observador curioso da produção musical brasileira. Colecionador de discos e biografias. Admirador das grandes vozes brasileiras.

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