De Erasmo para Tim Maia

Foto: divulgação

Renovando a disposição de criar novidades, Erasmo Carlos lança no próximo dia 18 seu 26° disco de estúdio. Amor é Isso sai pela Som Livre com direção artística de Marcus Preto (Gal Costa) e Pupillo (Nação Zumbi). Uma das faixas prometidas para o álbum é Novo Love, versão em português para uma antiga balada de Tim Maia. Lançada em 1973, a doce e despretensiosa  New Love mostrava a simpatia do “Síndico” por grupos vocais como The Platters, que ele conheceu bem no tempo que morou nos EUA. Confiram a versão original abaixo:

Zeca Baleiro reabre o baú

Incansável no trabalho, Zeca Baleiro lançou nas plataformas de streaming uma coleção de faixas feitas para projetos avulsos. Arquivo_Raridades conta 13 faixas, das quais oito são inéditas. Uma delas é Tarde de Abril, feita para Roberto Carlos. Infelizmente, o rei ignorou o gesto e nunca deu resposta. Outra é Envolvidão, com um belo arranjo eletrônico minimalista. Tem ainda uma versão rock’n’roll de Baioque (Chico Buarque), dispensada da trilha da novela Joia Rara (Globo). Confira as faixas completas:

1. Baioque (Chico Buarque)
2. Envolvidão (Rael e Nave)
3. A estrada me chama (Zeca Baleiro)
4. Respeita Januário (Luiz Gonzaga/ Humberto Teixeira)
5. Sonho de consumo (Bruno Batista/ Glauco Luz)
6. Chuva fina (Michael Sullivan/ Paulo Massadas/ Miguel Plopschi)
7. Tarde de abril (Zeca Baleiro)
8. Armadilha (Nelson Coelho de Castro/ Denise Ribeiro)
9. Vocação (Padre Zezinho)
10. Por causa de você (Tom Jobim/ Dolores Duran)
11. Logradouro (Rafael Altério/ Kleber Albuquerque)
12. O chamado (Marina Lima/ Giovanni Bizzotto)
13. Ponto de fuga (Chico Maranhão)

O soul quente de Janelle Monáe

O terceiro disco de Janelle Monáe é uma boa surpresa para quem gosta de soul e R&B. Sem muitos malabarismos, a americana parte de ideias batidas para criar um som particular em Dirty Computer. Mas nada soa muito óbvio. É o caso de chamar o gênio Brian Wilson para uma simples vinheta de abertura. Os vocais remetem imediatamente aos Beach Boys, mas ela não abusa. Outra bem curiosa é Make me Feel, com arranjo misturando ruídos variados. A cada momento que você perece já conhecer tudo, ela desvia a rota e joga um detalhe que surpreende. Dirty Computer faz parte de um projeto multimídia que inclui um filme de 40 e poucos minutos falando sobre um futuro distópico habitado por computadores que vivem sob um regime totalitário.

About the Author

Marcos Sampaio

Jornalista formado pela Universidade de Fortaleza e observador curioso da produção musical brasileira. Colecionador de discos e biografias. Admirador das grandes vozes brasileiras.

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