Fico imaginando como essas pessoas se relacionam com um mundo cada vez mais cheio de letras e apelos visuais como gráficos, tabelas, mapas e infográficos. Esses não leitores têm a vida restrita à comunicação oral e dificilmente ampliam seus horizontes, por ter contato apenas com ideias próximas das suas, nas conversas com amigos.

leitura2Onde estavam às políticas públicas para não garantir o direito a esses cidadãos de aprenderem a ler e escrever na idade certa? Onde estava à escola, a família, a sociedade, a Constituição Brasileira? O que faziam esses 66% de jovens e adultos que não tiveram assegurados seus direitos de continuar seus estudos? Como é sair da escola não sabendo “ler nem escrever um bilhete simples”?

Incentivar a formação desses leitores não é apenas fundamental no mundo globalizado em que vivemos. É trabalhar pela sustentabilidade do planeta, ao garantir a convivência igualitária, a dignidade individual e o respeito à diversidade. É dever de todos nós.

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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