Fico imaginando como essas pessoas se relacionam com um mundo cada vez mais cheio de letras e apelos visuais como gráficos, tabelas, mapas e infográficos. Esses não leitores têm a vida restrita à comunicação oral e dificilmente ampliam seus horizontes, por ter contato apenas com ideias próximas das suas, nas conversas com amigos.
Onde estavam às políticas públicas para não garantir o direito a esses cidadãos de aprenderem a ler e escrever na idade certa? Onde estava à escola, a família, a sociedade, a Constituição Brasileira? O que faziam esses 66% de jovens e adultos que não tiveram assegurados seus direitos de continuar seus estudos? Como é sair da escola não sabendo “ler nem escrever um bilhete simples”?
Incentivar a formação desses leitores não é apenas fundamental no mundo globalizado em que vivemos. É trabalhar pela sustentabilidade do planeta, ao garantir a convivência igualitária, a dignidade individual e o respeito à diversidade. É dever de todos nós.
Fome de leitura e fome mesmo!No site da APEOC-CE _ um dos sindicados dos professores_ há um artigo bem interessante:verbas que chegaram aos cofres do Governo do Estado para a merenda escolar e esse dinheiro não foi repassado às escolas de ensino fundamental e Médio.POR QUÊ?Para quem nunca passou por uma escola pública,há crianças,adolescentes e adultos que estudam à noite, que teriam um melhor desempenho escolar se tivessem uma alimentação balanceada!Como os nossos alunos vão ter condições de aprender com a barriga “roncando” de fome?Seria interessante se o jornal O POVO procurasse mais detalhes sobre essa verba destinada à merenda escolar dos alunos do Ensino Fundamental e MÉDIO,esse último,até um tempo atrás, não tinha acesso à merenda.
OI Jacqueline, bem interessante seus questionamentos. Realmente os recursos são repassados para as escolas e, hoje, o PNAE abrange toda Educação Básica com a vigência do FUNDEB. Mas como vc ressaltou, antigamente, o Ensino Médio não era beneficiado com a Merenda Escolar, portanto, isso se deu pela prioridade do FUNDEF (vigente até 2006), que apenas contemplavam o Ensino Fundamental. E se existe escolas que não utilizam os recursos de alimentação para o Ensino Fundamental e Médio, é bom levantar informações sobre o programa na escola, por que os recursos são repassados diretamente para as unidades executoras, porém, estas devem está com o Censo Escolar atualizado e, também com o Conselho Escolar ativo. Estas são informações que devemos sempre atualizá-las, que os alunos devem conhecê-las, para que possam “cobrar” seus direitos. Então, porque será que a escola não divulga tais informações? E a questão da fome? Nesse caso, devemos desmistificar que a Merenda Escolar deve saciar a fome dos alunos,uma vez que, o PNAE apenas complementa a alimentação familiar. E aí, você deve-se perguntar: E os que não tem alimentação em casa? Diante disso, a escola e os órgãos competentes devem buscar estratégias mostrando/ajudando as famílias que são responsáveis pela assistência de seus filhos. Por isso, há muitos problemas sociais decorrentes da “ignorância”, da “acomodação” das famílias, estas condenam constantemente o Governo e a escola, mas de quem será realmente a culpa? No entanto, entendo que somos fiscais não só do PNAE, mas de todos os Programas Federais.
muito boa a pesquisa vai me ser vir muito no meu trabalho de portuques!