O crescimento do chamado sexting (palavra originada de sex, que em inglês significa sexo, e texting, texto enviado por celular), modalidade entre os adolescentes de se fotografarem em poses sensuais, nus ou seminus, postando depois as imagens na internet ou enviando-as pelo celular, é uma prática que vem causando apreensão ao Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo e à Ong Safernet Brasil.

blue_computer_speed“Esse fenômeno nos preocupa muito porque está numa fronteira muito tênue entre o que é ciberbullying, que são aquelas piadas agressivas entre os jovens, e o que pode ser considerado pornografia infantil. É a nova versão da paquera.

O mexer no cabelo das meninas e dar uma piscadinha de olho numa festa ou ir a uma balada têm sido complementados por uma foto sensual”, disse o diretor de Prevenção e Atendimento da Safernet, Rodrigo Nejm.

Segundo ele, as fotos são enviadas pela internet ou celular para os paqueras dos adolescentes de forma inconsequente, “sem intenção de produzir nenhum tipo de pornografia”. Para Nejm, nesses ambientes, as imagens correm o risco de cair nas mãos de outras pessoas, que podem tirar proveito delas ou utilizá-las em sites pornográficos.

Uma pesquisa feita pela Safernet sobre hábitos de navegação, e que ainda está em andamento em vários estados do Brasil, revelou que 13% dos estudantes adolescentes já publicaram fotos íntimas na internet ou enviaram por e-mail ou celular pelo menos uma vez na vida e mais 39% publicaram ou enviaram as fotos íntimas por mais de cinco vezes.

Em outra pesquisa foi constatado que 38% dos jovens já foram vítimas de ciberbullying e 44% disseram que os amigos já foram vítimas de humilhações, piadas agressivas e ofensas.

Para orientar os educadores na prevenção e combate a esse tipo de crime, a ONG, em parceria com o MPF, lançou ontem (03) um kit pedagógico, com vídeos didáticos, histórias em quadrinhos, fichas pedagógicas com sugestões de atividades em salas de aula, além de uma cartilha com dicas para tornar o uso da internet mais seguro.

Entre as dicas, estão a de não expor detalhes da vida pessoal ou dados como endereços e telefones na rede.

Fonte: Jornal de Brasília

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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