Estudo sobre altura e nutrição de crianças e adolescentes, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou que a desnutrição infantil diminuiu nos últimos 30 anos no país, principalmente entre os menores de cinco anos.

Entre 1974 e 1975, 16,6% das crianças brasileiras nesta faixa etária eram desnutridas. Entre 2002 e 2003, esse índice caiu para 4,6%, e continua diminuindo. Um dos resultados da queda do índice de desnutrição é que os jovens estão mais altos, superando em algumas regiões os padrões internacionais.

A desigualdade econômica continua sendo um fator determinante na questão da nutrição e na altura. O pesquisador do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP), Carlos Augusto Monteiro, diz que, mantida a taxa anual de declínio (6,3%), em dez anos, a desnutrição infantil poderá deixar de ser um problema de saúde pública.

crianca_comendoOs dados mostram que a desnutrição foi reduzida em cerca de 50%, de 13,5% em 1996 para 6,8% em 2006/7. Dois terços dessa redução podem ser atribuídos à evolução favorável de quatro fatores: aumento da escolaridade materna, crescimento do poder aquisitivo das famílias, expansão da assistência à saúde e melhorias no saneamento, como explica Monteiro.

Ele salienta que a progressão desta melhoria na qualidade de vida tem que estar atrelada às políticas públicas em vigor. “A conquista desse resultado dependerá da manutenção das políticas econômicas e sociais, que têm favorecido o aumento do poder aquisitivo dos mais pobres e de investimentos públicos que permitam completar a universalização do acesso da população brasileira aos serviços essenciais de educação, saúde e saneamento”, destacou.

 Fonte: Diário Catarinense (SC), Zero Hora (RS)

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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