baforadaO estudo feito pela psicóloga Cassiana Moraes de Oliveira para o mestrado em psicologia pela Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, acompanhou 80 estudantes entre 15 a 18 anos, sendo 40 fumantes e 40 não fumantes.

Foi detectado que a iniciação precoce ao fumo é cada vez mais frequente e que a maioria dos jovens recebeu convites para experimentar o cigarro de amigos.

A pesquisa apontou ainda que há predomínio de motivações diferentes entre garotos e garotas para o início do tabagismo. Entre as meninas, o fumo é usado para o alívio de situações difíceis e compensação da solidão. Já entre os garotos, a influência é de amigos e familiares fumantes, além da necessidade de autoafirmação.

A pesquisa também sugere que jovens que vivem com famílias estáveis estão mais protegidos e menos propensos ao fumo. Segundo a pesquisadora, é possível afirmar que ter uma estrutura familiar saudável é um fator de proteção para que o jovem não inicie o tabagismo.

Já a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) avaliou a situação de mil adolescentes grávidas e constatou que quase 20% delas fumavam. Perto de 3% das garotas que participaram do levantamento ingeriam bebidas alcoólicas de forma abusiva e 1,7% consumia substâncias psicoativas ilícitas.

Quanto às drogas mais pesadas, 0,6% das entrevistadas consumiu substâncias injetáveis e 1,7% utilizou maconha ou cocaína.

Campanhas – Na avaliação da psicóloga, a realização de campanhas antitabagismo voltadas especificamente para os adolescentes pode reduzir a iniciação precoce no vício.

Além disso, é importante envolver os familiares nas ações educativas, incluir políticas de prevenção nas grades curriculares com incentivo da participação dos professores bem como pensar estratégias que bloqueiem o acesso de cigarros aos adolescentes.

Ela ressalta ainda a importância dos órgãos de saúde pública elaborarem alternativas para as mulheres adolescentes lidarem melhor com a ansiedade, o estresse e a depressão.

Fontes:Folha de São Paulo (SP), Diário de Pernambuco (PB)

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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