O desinteresse pelos estudos e o abandono da escola justificaram 18% dos casos de baixa frequência às aulas de beneficiários do Bolsa-Família no último bimestre.

Por esses dois motivos, as famílias de 40 mil alunos entre 6 e 17 anos terão algum tipo de punição neste mês, de uma simples advertência ao cancelamento definitivo do benefício.

Os dados são de pesquisa do Ministério da Educação (MEC), em formato mais detalhado, sobre os motivos de falha na contrapartida exigida pelo programa.

O novo questionário preenchido pelas escolas identificou também uma grande incidência (9,32%) de negligência dos pais ou responsáveis.

No total, 6.545 famílias terão o benefício cancelado neste mês e mais 3.869 jovens de 16 e 17 anos serão afastados do programa, que paga entre R$ 22 e R$ 200 mensais às famílias.

 É preciso saber o que o MEC fará com esse resultado. Se constatou o fato, o que fazer para reverter a situação? A maioria das escolas está mesmo em péssimas condições. O desestímulo dos educadores é notório, tanto pelos salários quanto pelas condições físicas dos prédios.

Além do mais, como é difícil para a escola, com suas grades curriculares fechadas e seus conteúdos estáticos, se fazer presente no cotidiano do aluno. Assuntos que não fazem sentido na vida prática realmente distanciam os educandos das escolas.

Especificamente nesse caso, ainda temos que avaliar que, a maioria dessas famílias, mesmo recebendo o auxílio do Bolsa Família, ainda mantém seus filhos trabalhando para não perderem o complemento da renda familiar.

São tantas questões para se analisar. Se diagnosticou o problema, agora é tratar da solução!

Fonte: Correio da Paraíba (PB)

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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