Uma pesquisa divulgada no último dia 27 de setembro mostrou que a escola é um ambiente hostil com a população homossexual. Professores não sabem como trabalhar a diversidade nem combater a homofobia.
Como consequência, meninos e meninas homossexuais têm baixa autoestima, queda no rendimento, abandono escolar e depressão. Foram ouvidos 1,4 mil educadores, gestores e estudantes de 11 capitais, em 2009. O estudo é uma iniciativa da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Reprolatina e Ministério da Educação.
De acordo com a responsável pelo estudo, Margarita Diaz, a fala dos professores mostra que a orientação sexual dos adolescentes só é tolerada quando não há uma demonstração clara da homossexualidade.
Os pesquisadores presenciaram também cenas de violência física em que professores e inspetores estavam próximos e não tomaram nenhuma atitude. Existem, inclusive, relatos de suicídios vítimas da discriminação. Para Toni Reis, presidente da ABGLT, o que o movimento deseja não é um privilégio no ambiente escolar e sim respeito à diversidade sexual e ao direito de igualdade.
Fonte: Gazeta do Povo (PR)