Para especialistas em ensino, as possibilidades que os diversos apetrechos tecnológicos possibilitam para a vida dos alunos pedem mais que a simples inclusão de novos aparelhos no ambiente de aprendizagem, mas exige uma própria transformação da escola, que atende crianças e adolescentes da geração digital, mas segue métodos de ensino analógicos.

Para a professora Maria Auxiliadora Padilha, um dos problemas centrais é o distanciamento do aluno em relação ao ambiente escolar. A vida em sociedade está completamente modificada em função dos avanços tecnológicos, mas tais mudanças não são vistas na escola, o que faz com que os alunos se afastam dela.

O professor do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco, Luciano Meira, defende que o educador deve conhecer as possibilidades de aprendizagem nos novos meios e desafiar o estudante a aprender com elas, sabendo os limites de conhecimento que esse artefato pode produzir.

Destaca ainda que para a utilização adequada e produtiva dos meios, é fundamental que a escola compreenda o que o aluno faz na rede para fazer um uso pedagógico desses espaços. Por exemplo, utilizar o celular como um meio para se ensinar história ou matemática. Utilizar o twitter no português, na ciência ou na geografia. Agora, os educadores precisariam de mais tempo e espaço para aprender a lidar com as tecnologias e incluí-las em seus planejamentos. Se o currículo fosse mais flexível isso seria possível e com certeza os resultados poderiam ser melhores e mais produtivos, tanto para a escola quanto para educadores e educandos. 

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

About the Author

Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

View All Articles