Sentado sozinho no canto da sala. Essa é uma das lembranças escolares de Dorival Câmara Leme, de 51 anos. Seus professores nunca perceberam que ele não era preguiçoso, mas disléxico.

Essa dificuldade para identificar o transtorno atinge 70% dos profissionais de saúde e educação envolvidos diretamente no diagnóstico do problema, segundo um estudo da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). O distúrbio compromete a aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração.

Em geral, a criança é bastante inteligente, mas seu desempenho escolar é fraco. O diagnóstico precoce é capaz de evitar sequelas emocionais, explica a psicopedagoga Debora Pereira, doutora em educação pela Universidade Autônoma de Barcelona. A pessoa não diagnosticada cresce achando que tem limitações e sofre.

Fonte: Jornal da Tarde (SP)

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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