Em extrema pobreza, semi-analfabeto, do sexo masculino, negro, envolvido com crack e que sofreu grandes violações.
Eis o perfil traçado pelo educador social de rua, Marcos Levi Nunes, para designar o perfil de grande parte dos chamados moradores de rua, presentes em todas as grandes cidades brasileiras.
“A moradia de rua é o acúmulo de todas as violências que o sujeito já passou. Para a criança ir para as ruas é porque já apanhou, foi abusada, passou fome etc. A rua passou a ser melhor que sua casa”.
Em Fortaleza (CE), onde o pesquisador atua, as estatísticas apontam uma média de 1,5 mil crianças e adolescentes nessa situação. Nunes afirma que “os recursos para as crianças e adolescentes no orçamento público é ridículo, não há como executar um trabalho de qualidade.
Existem meninos e meninas sendo explorados por falta de vontade política”, conclui.
Fonte: Tribuna do Norte Online (RN)