Dados do Censo 2010 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram o aumento do trabalho infantil na faixa de 10 a 13 anos. O número passou de 699 mil, em 2000, para 710 mil, em 2010.

A proporção de trabalhadores era de 5,07% da população de 10 a 13 anos e passou a 5,2%. Crianças dessa idade não podem trabalhar nem mesmo como aprendizes. Na faixa de 14 a 17, houve queda no trabalho infantil.

Em 2000, havia 3,2 milhões de trabalhadores dessa idade, o equivalente a 22,6% dessa população. O número caiu para 2,6 milhões, 19,4% do total. Em números absolutos, houve queda de quase 540 mil trabalhadores (16,7%). O trabalho aos 14 e 15 anos é permitido na condição de aprendiz. Jovens de 16 e 17 podem trabalhar, desde que não sejam expostos a atividades de risco.

Ação–A secretária nacional de Assistência Social do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), Denise Colin, disse que os dados serão analisados por município, idade e atividade para que haja ação direta contra o trabalho infantil. “Esse aumento de 11 mil tem chamado atenção, já que na faixa de 14 a 15 houve redução de 200 mil e na de 16 e 17, de 340 mil. A renda das famílias cresceu, há mais crianças nas escolas, o que colabora para a redução do trabalho infantil. Buscamos os motivos para a faixa de 10 a 13. Esse resultado exige ação imediata”, afirmou Denise.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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