Entre 1990 e 2012, o Brasil reduziu em 77% a mortalidade na infância, segundo estudo publicado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Com o resultado, além de liderar a evolução do índice na América Latina, o País atingiu com dois anos de antecedência um dos Objetivos do Milênio, traçados pelas Nações Unidas (ONU), que estipulam a meta de 21 mortes por mil crianças com menos de cinco anos de idade.

Embora a redução represente avanços significativos, o Brasil ocupa somente a 120ª posição em um ranking de 194 países, com índice de 14 mortes por mil crianças. Luxemburgo, o último da lista, registra apenas duas mortes por milhar.

Entre as causas mais frequentes de óbitos nessa faixa etária estão doenças como pneumonia, diarreia e malária. No mundo, graças aos avanços no combate à mortalidade na infância, 90 milhões de vidas de crianças com menos de cinco anos foram salvas desde 1990. Mesmo assim, no mesmo período, 200 milhões morreram antes de atingir essa idade.

Mortalidade neonatal– Cristina Albuquerque, coordenadora de Desenvolvimento Infantil da Unicef, alerta que, se o mundo não quadruplicar a taxa de redução da mortalidade, mais 38 milhões de crianças morrerão até 2028 antes de completar cinco anos. Hoje, 18 mil morrem diariamente em todo o mundo. “O grande desafio brasileiro”, acredita Cristina, “é reduzir a mortalidade neonatal” (período que vai do nascimento até o 28ºdia de vida). A prematuridade é a maior causa de morte durante a primeira semana de vida, representando 69% dos óbitos infantis no Brasil em 2010.

“Temos lutado contra uma verdadeira epidemia de cesarianas”, aponta Helvécio Magalhães, secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde. Segundo ele, o parto cirúrgico aumenta o número de prematuros e, consequentemente, eleva as chances de complicações para os recém-nascidos.

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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