A imprensa amadureceu após o caso Escola Base, que completa 20 anos nesta semana.

Esta é a principal conclusão da ombudsman da Folha, Suzana Singer, em seminário realizado para toda a Redação, na sede do jornal, em São Paulo (SP).

O episódio, que consistiu na divulgação de denúncias de abuso sexual de crianças da Escola de Educação Infantil Base, no bairro da Aclimação, na capital paulista, ficou conhecido como um dos mais marcantes erros cometidos pela imprensa.

A partir de acusações precipitadas, feitas por um delegado de polícia e reproduzidas amplamente na imprensa, a escola foi depredada e depois fechou.

O objetivo do seminário, aberto a todos os jornalistas da Redação, foi discutir o tratamento dado ao episódio pelos veículos de comunicação e como o caso mudou as práticas de apuração de reportagens semelhantes.

Na época, Suzana era editora do caderno “Cotidiano” da Folha, que noticiou a investigação policial. Para Suzana e outros jornalistas presentes, a mídia está mais preocupada em preservar a identidade de crianças em temas sensíveis e em checar declarações e informações de autoridades.

Mas, durante o debate, também houve consenso em apontar que o aperfeiçoamento desses mecanismos de apuração não livrou a imprensa de erros, ainda que ocorram em menor escala.

 Fonte: Folha de S. Paulo

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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